O livro dos mortos não é um único livro e não foi escrito por uma única pessoa. É uma coleção de textos, escrita ao longo dos séculos por sacerdotes egípcios, totalizando aproximadamente 200 capítulos. Os capítulos são completamente independentes. E apesar de nenhum ter sido encontrado completo, trata-se de feitiços e magias que supostamente ajudavam os mortos a emergir para uma vida pós-morte.
Segue o trecho que deveria ser dito pelo morto no o julgamento final:
– Não fiz mal à humanidade.
– Não oprimi os membros da minha família.
– Não pratiquei o mal em lugar da justiça e da verdade.
– Não tenho conhecido homens sem valor.
– Não tenho praticado o mal.
– Não tenho feito que a primeira consideração de cada dia seja a de mandar realizar para mim um trabalho excessivo.
– Não apresentei meu nome para exaltação de honrarias.
– Não maltratei criados.
– Não desprezei a Deus.
– Não fraudei o oprimido de sua propriedade.
– Não fiz o que os deuses abominam.
– Não fui causa de que o chefe prejudicasse os servo.
– Não causei dor.
– Não fiz nenhum homem sofrer fome.
– Não fiz ninguém chorar.
– Não pratiquei homicídio.
– Não dei ordem para que nenhum homicídio fosse praticado em meu proveito.
– Não infligi sofrimento ao gênero humano.
– Não fraudei os templos das suas oblações.
– Não roubei os bolos dos deuses.
– Não furtei os bolos oferecidos às almas imortais.
– Não forniquei.
– Não me polui nos lugares sagrados do deus da minha cidade.
– Não subtraí coisa alguma do alqueires.
– Não acrescentei nem roubei com fraude terra nenhuma.
– Não me apossei dos campos de outrem.
– Não mexi nos pesos da balança para enganar o vendedor.
– Não li errado o que indicava a balança para enganar o comprador.
– Não tirei o leite da boca das crianças.
– Não levei o gado que estava em seus pastos.
– Não peguei no laço os pássaros de penas das coutadas dos deuses.
– Não peguei peixe com isca de feita de peixe da sua espécie.
– Não represei água no tempo em que ela devia correr.
– Não sangrei nenhum canal de água corrente.
– Não apaguei o fogo (ou luz) que devesse arder.
– Não infringi os tempos de oferecer as oblatas seletas de comida.
– Não espantei o gado da propriedade dos deuses.
– Não repeli Deus em suas manifestações.
A história diz que Moisés foi criado e educado como filho do Faraó, e dessa maneira conheceu todos os mistérios do antigo Egito, incluindo ciência, história e filosofia. Depois de muito blá, blá, blá, aproximadamente aos 40 anos de idade ele liberta os hebreus da escravidão e os leva a terra prometida, onde no alto do monte Sinai transcreve os dez mandamentos, leis que passaram a nortear a vida social, política e religiosa dos israelitas.
Agora, sem perder a ironia. Acho que Deus tirou um xerox de parte do livro dos mortos e entregou a Moisés. Mas quem disse que plágio é crime?
Madame Bê