Ja em seu canto, na Europa, numa linda manhã ensolarada, adentra na cozinha de Cris, o Capitao Americo. Letrado professor italiano, agente da máfia calabresa, que em um dos seus vários momentos de greve, se disfarçava de vendedor de bíblias. E não mais que, meia hora de conversa, arranca todas as informações sobre a última viagem do cozinheiro.
Américo que não era bobo, percebeu na prosa com Cris, que as terras, tão bem descritas, se tratavam de terras nunca vistas.
Decide então, trocar os pesados livros sagrados, que de nada serviam, pois estavam todos em latim, e latim só os cachorros entendem, por uma ultra mega power jangada.
Era uma jangada tão feia, mas tão feia, que na sua viagem inaugural, em vez de lhe baterem com uma champanhe, batizaram-na com o vaso sanitário de Duchamp.
Quando finalmente chega na terra dos ianques, Capitão Américo, joga-se no chão, beija a areia, pensa no cozinheiro, dá uma gargalhada sarcástica e grita, -“vai ser burro assim no inferno”.
Batiza a terrinha com seu nome no feminino. América!
Antes de voltar para Europa, Américo resolve dar uma passadinha no Haiti, para tomar o tal café que tanto ouvira falar.
‘Haiti, Haiti, Haiti tá fazendo na cozinha, tá cheirando aqui’. Ficou espantado vendo aquela enorme favela a céu aberto. E antes que os nativos o assaltassem, ainda com a xícara na mão, bate em retirada, porque sabe que, o bom de uma briga é cair fora.
Foi e voltou outras vezes para o novo continente, e nele só fez algasarras.
Fumou baseado, contrabandeou nativas, organizou rinhas clandestinas de papagaios. E deixou nessas terras pelo menos duzentos americanozinhos.
Aguarde, a lenda continua…
Madame Bê