João Maria… de Bragança, ficou conhecido por cá, como o rei que andava com as coxas de galinha nos bolsos e puxa sacos no encalce.
Referia-se a si mesmo sempre na terceira pessoa.
-“Sua majestade quer dormir”.
-“Sua majestade quer passear”.
-“Sua majestade quer comer”.
Suas únicas e inseparável companhias eram as moscas, por isso tomou banho apenas duas vezes na vida, uma quando nasceu e outra por recomendação médica. Vestia a mesma roupa todos os dias e foi o precursor da moda destroyed.
Apesar de falida e em uma cidade sem nada de nada, a corte não aboliu costumes como a famosa lambida na mão do rei.
Todas as noites, ao som do famoso fadinho português, dezenas de bajuladores, desejosos do “algo em troca” lambiam a engraxada mão do regente Joãozinho VI. Bem ou mal, era como se fosse um banho de gato.
A morte da mãe de Joãozinho VI, foi a deixa para o povo coroá-lo como rei momo.
Índias saíram às ruas pintadas da cabeça aos pés, vestidas apenas com as mais belas plumas recém arrancadas, de vivos pássaros exóticos.
A passos sincronizados, ao som dos bumbos dos escravos, pulavam em êxtase pelas ruas, seguidas pelas damas da corte, sinhazinhas, mocinhas, concubinas, madames, enfim, todas com os dedos em riste, rebolando e sensualizando na esperança de que um fidalgo lhes desse vida boa.
Depois de beber todas, e não pegar nenhuma, o antes regente e agora rei, oficialmente decreta o indulto a todos os bandidos, principalmente aqueles que haviam fugido pra Brasília.
Aguarde a lenda continua…
Madame Bê