Era essencial manter as tradições entre reinados. E Pedrinho o príncipe herdeiro, filho do Joãozinho o rei, precisava casar.
Sabendo que seria complicado achar uma esposa à altura morando numa colônia xexelenta, o rei, eleva Cocada Preta, de colônia à reino.
E entre conchavos e acordos, os soberanos de Portugal e Áustria, impõem o casório de seus filhos amados.
O Rio de Janeiro começava a dar sinais de progresso, melhorou aqui e ali, mas esses “aqui” e “ali” eram na verdade, nas proximidades das instalações reais. Vejamos abaixo algumas das providências tomadas pelo rei glutão Joãozinho VI:
-Exterminou as tribos indígenas que desejavam comê-lo com quitutes.
-Criou a filial da impressa censurada régia portuguesa, destinada a imprimir documentos, decretos, livros… mesmo sabendo que a grande maioria do povo era analfabeta.
-Fundou o Banco da Cocada, e para capitalizá-lo trartou de vender títulos da nobreza, como conde, marquez… para comerciantes, usineiros, fazendeiros, marqueteiros, motoqueiros e ou quem tivesse dinheiro. Haviam também, títulos mais baratinhos, como os de comendador, cavaleiro ou oficial. Em pouco mais de um ano, Cocada Preta já tinha mais condes, duques, barões e marqueses que toda corte portuguesa.
-Fazia saques antecipados das receitas pagos pelas províncias, para bancar os gastos da corte.
-Mesmo que outras províncias não tinham iluminação pública, seus habitantes eram obrigados a pagar um imposto para custear a iluminação no Rio de Janeiro.
-Exigiu que todas as igrejas de Cocada Preta pagassem uma quantia em benefício da Capela Real.
-Criou o Museu real.
-Criou a Biblioteca real.
-Criou o Teatro real.
-Criou instituições públicas, instalou tribunais, e criou ministérios.
-Criou a décima urbana, que hoje carinhosamente chamamos de IPTU.
E de quebra mandou trazer mais alguns bispos, padres, frades para formar mais padres, frades e bispos, para que, convencessem o povo a aceitar e pagar os impostos.
Amém!
Aguarde a lenda continua…
Madame Bê