Com a partida do magnânimo rei das coxinhas e sua galera baba ovo, Pedrinho 1, tenta se equilibrar entre as mulheres, os liberais, os conservadores, os cofres vazios e a não obrigatoriedade do repasse dos impostos pelas províncias.
O papito Joãozinho, ainda falido, do outro lado do oceano, voltava atrás na sua decisão. Bate o pezinho e quer de volta o monopólio da colônia.
Pedrinho 1 de saco vazio, de dentro de um bordel, rodeado por dezenas de quengas, disse: -“nessa pocilga mando eu”. A partir de então, tudo que Pedrinho I dizia, tinha que ser cumprido.
Mas seu pai não desistia, continuava importunando, além de querer a velha colônia de volta, queria também, que o malcriado do Pedrinho voltasse para Portugal. Talvez pra mostrar quem manda.
Pedrinho, conhecedor dos pitis reais do velho, não dá a mínima, afinal quem levaria a sério o ranço de alguém que vive no outro lado do oceano. Caminha até a cozinha, come todas cocadas que Xica da Silva havia feito para um provável feriado.
Apesar de sentir uma forte dor de barriga, monta em sua mula pocotó e com alguns fazendeiros à tira colo, inicia um trote margeando o ipiranga.
Ele só percebeu que passear foi uma péssima ideia, depois das dezenove paradas devido ao piriri causado pela cocada de dona Xica.
Irritado e com a bunda assada, em frente a um posto ipiranga, murmura detrás de uma moita.
-“a incontinência vai me levar a morte”.
“Independência ou morte”! Foi o que entenderam os cocadenses. Envergonhado e sem forças, Pedrinho 1, deixa que se faça o dito.
Assim, naquele dia… Dia 07 de setembro de 1822, o dia que artéria um futuro feriado, Pedrinho 1, de príncipe regente, se torna imperador de Cocada Preta.
Aguarde a lenda continua…
Madame Bê