Enfim, Cocada Preta tinha um rei pra chamar de seu. Uma de suas primeiras medidas foi demitir todos os puxa sacos do pai e antigo rei Joãozinho VI, formando um conselho com os seus próprios puxa sacos.
Elaborou a primeira constituição do País, mas como seu lema era: “um é pouco, dois é bom, três é demais”, a primeira constituição limitava demais seus poderes, fez outra, na qual deteve para sí, os poderes do legislativo, executivo e judiciário.
O cordão umbilical que ligava o filho, rei de Cocada Preta, ao pai, rei de Porrugal, era muito elástico, forte e indestrutível. Os dois trocavam dezenas de figurinhas, cartas e telefonemas, quando longes um do outro. E não seria de se admirar que Pedrinho 1, soubesse das dívidas de Portugal e das dificuldades enfrentadas por Joãozinho.
Fizeram então uma manobra, pra que o reinado cocadense se igualasse ao reinado português, pelo menos no que tange as dívidas dos dois Países.
A Inglaterra interveio na negociação. Tudo muito bem arquitetado, pensado e concretizado. Diriam que esta era a condição para que a coroa portuguesa aceitasse a autonomia de Cocada Preta. Enfim, Cocada Preta teve que pagar aos cofres portugueses a bagatela de dois milhões de libras esterlinas para que a independência fosse oficializada.
Cocada Preta não tinha esse dinheiro e novamente a generosa Inglaterra se propõe a emprestar.
Na verdade, o dinheiro nem chegou a sair da Inglaterra, pois Portugal tinha uma dívida equivalente com a Inglaterra. Assim, Cocada Preta, ainda engatinhando como um País bebezão, contrai sua primeira grande dívida externa.
Aguarde a lenda continua…
Madame Bê