Finalmente depois de quatro anos do mandato, Prudente entrega o cargo para seu sucessor.
Campos Sales também era formado em direito, mas quando viu que não ficaria rico, tentou a carreira de político.
Ele, com a ajuda dos zilhões de analfabetos (sentido literal da palavra) e dos alfabetizados políticos (sem vergonha para roubar), torna-se rei de Cocada Preta.
Pouco tempo depois de sentar na cadeira presidencial, viu-se dono de vastos campos elísios, passando a ser mais um tomador de café com leite.
Viajou até a Inglaterra pra pedir a benção aos consagrados reis Rothschild’s. Aproveitou a viagem e já que estava com eles, estendeu o chapéu esfarrapado do seu Zé ninguém.
Chamou o novo empréstimo de “Funding long”.
Dinheiro a longo prazo e que serviria para pagar a longa dívida anterior.
Por aqui, captou outros caraminguás. Aumentou alguns impostos e aumentou o valor dos já existentes.
Todo sacrifício ao povo para salvar a Pátria café com leite.
Poucos sabem, mas o presidente Sales tinha uma auto estima elevadíssima, sempre se comparou ao Mel Gibson quando este estava no auge da sua formosura e, por esse motivo ordenou que imprimissem seu belo rosto nos selos de todo País, recebendo o carinhoso apelido: Selinho de ouro.
Além dos Selos, Sales era conhecido como pavão misterioso, por vestir roupas de grife e carregar um pássaro formoso logo abaixo do nariz e acima de seus belíssimos lábios.
Selinho de ouro ou pavão mistério, como queiram, aproveitou também para introduzir o famosérrimo toma lá da cá, entre governadores, deputados e coronéis.
Cancelou as obras públicas alegando que o País estava na pindaíba.
Ele foi tão amado pelo povo que, quando deixou o poder, foi vaiado desde o Palácio do Cadete até a estação de trem que o levou de volta a São Paulo.
Aguarde a lenda continua…
Madame Bê