Quando eu era pequena, o cachorro da família cuidava da casa. Não entrava dentro de casa, era tratado com os restos que sobrava do almoço e vivia solto, pois não havia cercas ou grades.
Hoje tudo mudou. Mesmo que nunca, fosse permitido maus tratos com animais, nos últimos 30 anos os debates se intensificaram, leis e associações protetoras foram criadas, para assegurar o bem estar animal.
Graças ou desgraças a essas discussões, milhares de gatos, cachorros, papagaios, cobras e lagartos… hoje dormem com os “papis” e as “mamis”, comem rações especiais e vivem como verdadeiros reis. E se entrar algum desconhecido no pátio, provavelmente os peludos irão abanar o rabo.
Falo isso, pois ontem foi aprovado um projeto de lei no Senado, onde classificaram os animais como sujeitos de direitos, com acesso a tutela jurisdicional. O apelo sentimental quanto a esse tipo de lei pode até parecer bondoso, porém a obsessão em tentar frear os maus tratos, vai criando uma tropa de militantes agressivos que nunca irão parar.
Pra se ter uma ideia do tamanho da loucura, a ONU vem pedindo para que os humanos comam menos carne, mesmo sabendo que, a falta da proteína animal à longo prazo, prejudica o funcionamento do cérebro. Outra retórica que vem sendo debatida é, não tenham filhos, tenham cachorros e gatos. Além disso, há uma visível desvalorização do ser humano. É preciso lembrar, o ser humano não pode ser substituído.
Não é de se duvidar que daqui há 30 anos, os animais terão SUS, cotas nas faculdades, direito a férias, décimo terceiro e por aí vai. Mesmo sabendo que eles continuarão a miar, rosnar, latir, grunir, uivar, mugir… E talvez no futuro, será proibido ao ser humano comer qualquer tipo de carne. Então virão os “plantanos”, processar os veganos, para salvar todas as espécies de plantas.
Madame Bê