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Poeminho

Quando o INHO faz parte do teu linguajar e tu nem percebe.

A santinha baixinha, do vestidinho soltinho e casaquinho pretinho, comeu pastelzinho, negrinho e branquinho na festinha do netinho pequeninho.

Ele, um anjinho gordinho, tem o jeitinho igualzinho ao paizinho; comeu seu bolinho quietinho com um pouquinho de cafezinho, olhando o passarinho.

O paizinho velhinho com bigodinho, paradinho perto do pinheirinho, com um pacotinho de salgadinho e um saquinho de cacetinho no bracinho, comeu um pedacinho de lombinho.

 
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Publicado por em 02/04/2023 em Brasil

 

The Walking Dead

Quem já leu sobre o Rasputin?

O místico que viveu entre a família do último Czar (rei) da Rússia e se não leu, talvez teve uma palhinha de quem ele era quando escutou a música “Rasputin” do Boney M. sucesso dos anos 70; vai entender um pouco essa doideira dos símbolos nazistas tão presentes no oriente.

Aliás, a suástica está em quase todos os Budas e dizem, trás sorte, paz e prosperidade. 

Vladimir Putin, o novo “Czar” russo, trouxe para perto de si, um novo Rasputin. Pra mim, mais um malandro, que se julga um profeta, um clarividente, vidente…

Esse cara chama: Aleksander Dugin, ele conseguiu meter na cabeça oca do Putin, que a Rússia é o centro do Planeta e que todos os outros países deverão se curvar a “grande mãe russa”.

Em sua mente doentia, Dugin, misturou fascismo, comunismo, nazismo e todos os piores “ismos”, criando um “Putismo” muito do louco e FDP.

Não acredita? Pois em 1997, essa figura cheia de certezas, publicou um livro de 600 páginas falando dos “Fundamentos da Geopolítica”.

E para que aconteça o sonho dos loucos, em ter uma Eurasia unida (de Lisboa até Vladivostok) em torno da “grande mãe Rússia” é necessário tomar a Ucrânia. 

Quando Zelenski, o presidente da Ucrânia, apelou para os países democratas dizendo que a vitória da Ucrânia é fundamental para a continuação da democracia no ocidente, era sobre isso.

Putin acredita piamente que, uma vez tomada a Ucrânia, conseguirá colocar seus aliados políticos em toda Europa.

Toda gritaria dos “conservadores” da direita extrema, sobre as liberdades individuais, segundo Dugin, deverão ser apagadas do ocidente. 

Ou seja, a alternativa apresentada pelos aliados e financiados pelo Kremlin como: Salvini na Itália, Le Pen na França, Orban na Hungria, ideólogos da VOX (Espanha), AltRight Comintern, Internacional Fascista…, os que se dizem “contra” o marxismo da esquerda, nada mais querem que um outro totalitarismo tão ou mais tacanho que o marxismo. 

Os “opositores” ao marxismo (comunismo), são tão diabólicos quanto o próprio marxismo, cujas ideias saíram do mesmo País, a Rússia. 

Toda essa onda que estamos vivendo, de direita e esquerda, esse ódio do que é certo e o amor pelo que é errado, os trolls, as mentiras, a corrupção sistêmica, a babaquice de que todas mídias estão mentindo, o ódio a imigração, o ódio aos muçulmanos, o ódio aos direitos dos LGBTs, o racismo… tudo foi difundido e arranjado por essas mentes diabólicas do Kremlin e seus aliados.

O que muitas mentes doentias chamam de “globalismo totalitário”, ou “degradação da moral no ocidente”, não passa de propaganda bem sucedida, saída das catacumbas onde estão os restos mumificados de Lênin e Stálin.

Eles semearam a divisão e o caos e, essa mistura neonazista reuniu justamente tudo o que há de mais totalitário, contra as liberdades humanas.

Por isso peço. Parem de defender políticos. Parem com essa idolatria doentia. Político deve ser cobrado e descartado no menor sinal de corrupção.

Quem de vocês põe a mão no fogo por Lula ou Bolsonaro? Eu não!

Leve a sério o provérbio árabe:

“Políticos e fraldas devem ser trocados de tempos em tempos, pelos mesmos motivos”.

 
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Publicado por em 05/23/2022 em Brasil

 

Corrupção é igual em qualquer lugar

Por Maria Pevchikh

Hoje vou contar a história de uma estrela, o maestro russo Valery Gergiev.

Dirigiu a Orquestra Sinfônica de Londres, a Orquestra Filarmônica de Munique e muitas outras. Ele é diretor do Teatro Marismsky, já foi o convidado mais procurado no La Scala, The Met Opera, Grand Opera e em muitos outros lugares.

Há muitos anos atrás, ele e Putin fizeram um acordo. Enquanto ele defender Putin no exterior, receberá em troca, tudo o que o dinheiro pode comprar.

Gergiev detém o título oficial de representante de confiança de Putin. Este é um mecanismo de endosso eleitoral que permite que uma pessoa aja e fale em nome de um candidato. Putin escolhe a dedo essas pessoas. Apenas os mais próximos e dedicados estão nessa lista.

Essa é a face alternativa da Rússia, a menos feia do que as que estamos acostumados. Eles criaram uma fórmula simples voltada para o público ocidental. Ou seja, Você ama o maestro Gergiev e seu talento, Gergiev ama Putin, portanto você também deverá gostar de Putin. Talvez Putin não seja tão ruim, já que o meu ídolo, o endossa. É assim que funciona.

Valery Gergiev distrai o mundo interpretando Tchaikovsky, Prokofiev e Stravinsky, enquanto habilmente desvia a atenção do público. Não olhe para os crimes de Putin, olhe para mim. A grande cultura musical russa, efetivamente armado para servir a interesses políticos.

Em 17.07.2014, as tropas russas, enviadas para a Ucrânia, derrubaram um avião de passageiros. O MH17, matando 298 pessoas inocentes. O avião ia de Amsterdã para Kuala Lumpur, entre elas, 193 holandeses estavam a bordo.

Algumas semanas depois, Valery Gergiev organizou um concerto em Roterdã dedicado aos holandeses que morreram neste acidente.

– “Sinto-me muito próximo do povo holandês’. ‘Eu compartilho a imensa dor’. ‘Condeno este ato ultrajante de terrorismo’. Que tocante…”declarou.

Será possível alguém ser mais hipócrita do que isso?

Seu chefe, Vladimir Putin, derruba o avião, mata essas pessoas e em seguida o maestro Gergiev vai no coração do município enlutado e faz um concerto em homenagem as 193 pessoas mortas.

Como se o avião tivesse explodo sozinho. Como se nenhum míssil tivesse atingido o avião matando as 298 pessoas, incluindo 80 crianças.

Se você acha que tudo isso não pode ficar mais doentio, digo que sim, pode.

Saiba que o maestro tem cidadania holandesa e foi condecorado como cavaleiro da ordem do Leão holandês em setembro de 2005.

Isso é uma geniosa tática de Russa.

Em 2008, logo após a Rússia invadir a Geórgia, o maestro se apresentou nas ruínas de Tskhinvali.

Em Palmyra, na Síria, 2016, o maestro se apresentou para as tropas russas…

No dia 25 de março de 2022, um mês após a invasão russa na Ucrânia, Gergiev se encontrou com Putin para receber um novo emprego por não condenar a Guerra. Putin pede ao maestro para restabelecer a Diretoria dos Teatros Imperiais, tornando-se o chefe dos dois principais teatros na Rússia – Mariinsky (São Petersburgo) e Bolshoy (Moscou).

Na mesmo dia, 23 de fevereiro 2022 , na mesma hora em que Putin começou a bombardear cidades ucranianas, Gergiev estreava, La Dame de pique no La Scala.

Eu estava lá, assistindo e foi lá que peguei o autógrafo dele.

Não peguei seu autógrafo por sinal de admiração, não. Eu precisava de sua assinatura, para poder verificar se ela combinava com a assinatura da escritura de uma cobertura em Nova York no valor de US$ 5 milhões.

Além da linda cobertura ao lado do Metropolitan Opera, também descobrimos que Gergiev tem mais de US$ 100 milhões em prédios e terrenos em 8 cidades italianas. Como Nápoles, Milão, Veneza…

O maestro também dirige uma fundação de caridade com o seu nome, arrecada dezenas de milhões de dólares para “desenvolver a esfera social e cultural, apoiar jovens artistas, popularizar a música clássica ajudando na formação profissional”, mas gasta… em si mesmo.

O dinheiro é doado por grandes empresas estatais russas (Gazprombank, VTB Bank, Rosneft, etc.), oligarcas como Deripaska ou Usmanov, o governo de Moscou e até pelas empresas internacionais que todos conhecem, como @Mastercard , @Nestle ou @PwC .

Conseguimos obter registros bancários da fundação de Gergiev e descobrimos que o dinheiro destinado à ‘popularização da música clássica’ é gasto na compra de propriedades luxuosas, fretamento de jatos e até mesmo no pagamento de contas em sua casa.

A ‘caridade’ de Gergiev:

Ele comprou 3 apartamentos em um complexo em São Petersburgo e outros 4 em um prédio residencial no centro de Moscou. Seus fundos também foram usados para construir uma dacha privada com uma sala de concertos. Putin chegou a visitá-lo uma vez.

Transfere o dinheiro diretamente da fundação para sua conta bancária pessoal. Entre 2018 e 2020, Gergiev se recompensou com mais de 300 milhões de RUB (US$ 4,3 milhões).

Este “arranjo da caridade” é dolorosamente familiar para aqueles que investigam a corrupção russa. Funcionários do governo roubam dinheiro na Rússia e o gastam em sua vida no exterior. Gergiev é um funcionário do governo e está fazendo exatamente a mesma coisa.

O fato de Gergiev, ainda não ter recebido sanções, é totalmente ridículo. Alguns empresários russos, muito menos apaixonados por Putin, foram punidos pelo simples fato de se encontrarem com Putin após a invasão. Gergiev não apenas se encontra com Putin, como também conseguiu um novo emprego.

Isso tudo, deveria qualificá-lo a receber sanções. Pedimos o resgate imediato do portfólio das propriedades italianas de Gergiev. Principalmente o icônico edifício veneziano e o apartamento de Nova York.

Por que permitimos que membros do círculo íntimo de Putin se beneficiem do ‘ocidente maligno’ que eles acusam de iniciar a guerra na Ucrânia?

Essa também é uma chamada para os holandeses. Para que revoguem a cidadania de Gergiev. Em que circunstâncias ele se tornou um cidadão holandês? Ele mora lá? Ele fala a língua? Ele é casado com uma holandesa?

Eu não acho.

Nós que investigamos a corrupção, pedimos aos parlamentares e funcionários dos governos do ocidente, que retirem de Gergiev suas medalhas, propriedades e passaportes estrangeiros.

É dever de cada cidadão, apoiar o trabalho da Fundação Anticorrupção.

Denuncie, é o seu dinheiro que cria a maioria dos reis bilionários do mundo e faz você de palhaço.

#MariaPevchikh é a chefe do departamento de investigação da Fundação Anticorrupção, uma organização russa sem fins lucrativos. Fundada para investigar e expor os casos de corrupção entre as elites russas. Durante seus onze anos de trabalho, ela foi autora de mais de uma centena de investigações. A organização anticorrupção é conhecida na Rússia como FBK e expôs ao mundo a propriedade de 1,5 bilhões de dólares construída por Putin, hoje conhecida, como o Palácio de Putin.

 
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Publicado por em 05/02/2022 em Brasil

 

Maricas com H

Estamos no século XXI, mas ainda há os que se comportam como se estivéssemos vivendo na época do homem nas cavernas.

Dizem que nossos homens se tornaram ‘maricas’.
Dizem que não há mais homens com ‘culhões’.
Dizem que os homens ocidentais estão com medo de fazer guerra.

Quem quer guerra?
Quem ainda torce pela guerra?
Quem quer pegar uma arma e matar uma pessoa inocente?

Brutos.
Apenas brutos.
Ditadores bilionários, e ao mesmo tempo tão miseráveis e vazios.

Zilhões de vezes homens ‘maricas’!
Homens que ajudam seus companheiros(as), abraçam seus filhos, acariciam seus bichos, torcem pela natureza.
Homens que amam.

Os machões, são mal amados.
Tratá-los com indiferença, não nos faz pessoas más, evidência nossa superioridade.
Revidar tiro com tiro, destrói duas famílias.
Revidar tiro com castigo, fará com que um dia todas as guerra fiquem pra trás.

 
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Publicado por em 02/25/2022 em Brasil

 

Carrascos, mas nem tanto?

No dia 23 de agosto de 1939 foi assinado o pacto Ribbentrop-Molotov. Conhecido também como Pacto Nazi–Soviético ou Pacto de não Agressão entre a Russia e Alemanha de Josef Stalin e Adolf Hitler.

Entre as cláusulas, havia um acordo secreto que dividia todos os países do leste europeu, entre os dois países.

No dia 01 de setembro de 1939 a Alemanha invade a Polônia pelo lado oeste.
E no dia 17 de setembro de 1939, a Rússia invade a Polônia pelo lado leste.
Em pouco mais de um mês, a Polônia deixou de existir como país e foi dividido entre os soviéticos e os alemães.

O pacto continuou em vigor até 1941, quando a Alemanha invadiu a Rússia, fazendo a Rússia mudar de lado.

Dois Países, dois líderes imperialistas, duas pessoas extremamente autoritárias, mantiveram uma parceria brutal com o único objetivo: o de expandir suas fronteiras.

Entre esses dois carrascos, apenas um é escrachado em todos os livros, em todas as mídias, em todos países.


Porque será?

Madame Bê

 
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Publicado por em 02/16/2022 em Brasil

 

O Rei da Cocada Preta – parte 29

Adepto ao primeiro mandamento de Cocada Preta, criado pelos tomadores de café com leite, Wenceslau B. Gomes, se eterniza como o nono mandatário desse imenso paraíso.

Não importava o que ele faria ou o que ele deixaria de fazer. O que importava para os gomistas (torcedores fanáticos do presidente), era soltar o grito mudo e dar adeus ao pé do ouvido de Hermes da Fonseca.

Porém, contudo, entretanto , no dia de sua posse, quando Gomes desfilava pelas ruas no único Aurora Safety Car, uma jaca assassina se lançou contra ele.

Conhecida como a jaca do presidente, a fruta virou polêmica.

A esfera poderia estar carregada com micro explosivos?

A jaca que não era uma bola, pois a bola é um símbolo da nossa evolução e a jaca não; explodiria os miolos do Presidente? Ninguém nunca soube.

Jacas à parte, Wenceslau Gomes carinhosamente chamado, Lalau pelas amantes mineiras, estava disposto a colocar seu nome na história.

E assim aconteceu….

A peleia estava bombando na Europa. E a família Gomes, já sabia dos acontecimentos antes mesmo de tudo acontecer.

Alguns meses antes de Gomes se tornar presidente; na longínqua Europa, um império vinha arquitetando um plano falível para “zombar” do império vizinho.

Já que, não havia nenhum novo acontecimento acontecendo e como não havia nenhuma perspectiva de melhores salários; um certo capitão sérvio, entediado com a pasmaceira e monotonia, sabendo que sua esposa se encontrava em perpétua menopausa, contratou o fiel servo da família Adams para passar um trote no príncipe herdeiro do império austro-húngaro.

Mãozinha o fiel cinco dedos, o faz tudo da família Adams e ídolo do Sr Gomes, envia uma carta ao patrão, contando os detalhes do contrato, mas o tranquiliza dizendo que ninguém sairia machucado.

Gomes conta sobre o trote a Morticia. Morticia passa um telefone sem fio para todos os Gomes do Planeta, contando os futuros acontecimentos da Europa.

Porém, no dia seguinte, o tiro saiu pela culatra.

Erroneamente citado como o “Coiso” e integrante de uma sociedade secreta chamada Mão Negra; o inocente mãozinha sem visão, com uma pistola modelo FN em punho, mata o herdeiro e agora jamais imperador, do império austro-húngaro. Iniciando assim, um conflito jamais visto nesse Planeta.

Embora Lalau Gomes não ter muito a ver com isso, teve receio de fazer parte da famosa grande guerra. Já que a CIA poderia descobrir que mãozinha, o matador, trabalhava no Palácio do Catete, com Gomes, dias antes de sair naquelas férias frustradas onde acabou matando o arquiduque Francisco Ferdinando,

Porém a Inglaterra, maior agiota da oligarquia café com leite, aceitou prolongar os prazos das dívidas, caso Gomes, aceitasse fazer parte da tríplice vencedora.

É importante lembrar que, bruxas, feiticeiras, profetas e demais ETs, com poderes sobrenaturais faziam previsões assustadoras envolvendo o Império Austro-Húngaro.

Zora-Inara, em uma de suas viagens inter-espirituais, afirmou que do império austro-húngaro nasceria e seria criado um futuro ditador muito pior que o nanico Napo-leão Bomemparte e esse, tentaria exterminar todos os malditos humanoides e reptilianos que atormentavam os conservadores da extrema direita.

Rasputin, o auto proclamado homem santo da Rússia, assim como Zora-Inara, cantavam essa mesma pedra aos quatro cantos da terra, lembrando que, naquela época o Planeta se encontrava na forma ovalada.

Humanos do além mar, sabendo sobre esse fato futuro, o qual foi detalhado inúmeras vezes por adivinhadores do futuro, fazia com que o povo torcesse pela desgraça. Foi por esse o motivo, que o capitão sérvio traiu o pequeno e simpático mãozinha, colocando naquela pistola, não balas gostosas 7 belo, mas sim, balas que matam.

Enfim, caso não tivesse acontecido da maneira como tudo aconteceu, tudo e ou nada aconteceria.

E veja, dessa forma, sem que o mundo desconfiasse que mãozinha era um operário do presidente Gomes, Cocada Preta entra na grande guerra e de lambuja, cria novas contas para essa república, negociadas e renegociadas com Jorge V, rei do Reino Unido e dos Domínios britânicos e Imperador da Índia.

Que fique assim registrado nos autos – em 1917, o nosso lindo presidente, quase morto por uma jaca, envia tropas do nosso exército, da nossa marinha e nossa aeronáutica, para participar do maior e mais abrangente acontecimento das nações nada unidas, assegurando uma boa bufunfa para nossos estimados políticos.

Quando as tropas cocadeses desembarcaram na Europa exibindo todo nosso arsenal bélico, as bases da tríplice oponente, estremeceram.

Nossos caminhões e tanques lançavam bombas com efeitos pra lá de especiais, quando disparadas, liberavam uma fumaceira preta tóxica, fazendo o dia se tornar escuro como o breu.

Contudo, a tal fumaça acabou corroendo e danificando todo nosso armamento que se tornou dispensável para uma futura vitória.

Quando a guerra acabou, ingleses sem coração, despejaram no navio cisne branco, cinco casais de camundongos infectados com um novo tipo de vírus mutante, mais conhecido como “mata velho”.

Assim, quando os marinheiros desembarcaram nos portos da amada Pátria, o “mata velho” se alastrou feito rojão.

Felizmente, faltavam apenas três meses para Lalau B. Gomes deixar seu mandato. Sendo assim, o vírus, não era mais problema dele.

Aguarde a lenda continua…

Madame Bê

 
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Publicado por em 02/06/2022 em Brasil

 

Invisibilidade

‘O HOMEM TORNA-SE TUDO OU NADA, CONFORME A EDUCAÇÃO QUE RECEBE’

‘Fingi ser gari por 8 anos e vivi como um ser invisível’

Psicólogo varreu as ruas da USP para concluir sua tese de mestrado da
‘invisibilidade pública’. Ele comprovou que, em geral, as pessoas
enxergam apenas a função social do outro. Quem não está bem posicionado
sob esse critério, vira mera sombra social.

Plínio Delphino, Diário de São Paulo.

O psicólogo social Fernando Braga da Costa vestiu uniforme e trabalhou
oito anos como gari, varrendo ruas da Universidade de São Paulo. Ali,
constatou que, ao olhar da maioria, os trabalhadores braçais são ‘seres
invisíveis, sem nome’. Em sua tese de mestrado, pela USP, conseguiu
comprovar a existência da ‘invisibilidade pública’, ou seja, uma
percepção humana totalmente prejudicada e condicionada à divisão
social do trabalho, onde enxerga-se somente a função e não a pessoa.
Braga trabalhava apenas meio período como gari, não recebia o salário de
R$ 400 como os colegas de vassoura, mas garante que teve a maior lição
de sua vida:

‘Descobri que um simples bom dia, que nunca recebi como gari, pode
significar um sopro de vida, um sinal da própria existência’, explica o
pesquisador.

O psicólogo sentiu na pele o que é ser tratado como um objeto e não
como um ser humano. ‘Professores que me abraçavam nos corredores da USP
passavam por mim, não me reconheciam por causa do uniforme. Às vezes,
esbarravam no meu ombro e, sem ao menos pedir desculpas, seguiam me
ignorando, como se tivessem encostado em um poste, ou em um orelhão’,
diz.
No primeiro dia de trabalho paramos pro café. Eles colocaram uma
garrafa térmica sobre uma plataforma de concreto. Só que não tinha
caneca. Havia um clima estranho no ar, eu era um sujeito vindo de outra
classe, varrendo rua com eles. Os garis mal conversavam comigo, alguns
se aproximavam para ensinar o serviço. Um deles foi até o latão de lixo
pegou duas latinhas de refrigerante cortou as latinhas pela metade e
serviu o café ali, na latinha suja e grudenta. E como a gente estava num
grupo grande, esperei que eles se servissem primeiro. Eu nunca apreciei
o sabor do café. Mas, intuitivamente, senti que deveria tomá-lo, e
claro, não livre de sensações ruins. Afinal, o cara tirou as latinhas de
refrigerante de dentro de uma lixeira, que tem sujeira, tem formiga, tem
barata, tem de tudo. No momento em que empunhei a caneca improvisada,
parece que todo mundo parou para assistir à cena, como se perguntasse:
‘E aí, o jovem rico vai se sujeitar a beber nessa caneca?’ E eu bebi.
Imediatamente a ansiedade parece que evaporou. Eles passaram a conversar
comigo, a contar piada, brincar.

O que você sentiu na pele, trabalhando como gari?
Uma vez, um dos garis me convidou pra almoçar no bandejão central. Aí
eu entrei no Instituto de Psicologia para pegar dinheiro, passei pelo
andar térreo, subi escada, passei pelo segundo andar, passei na
biblioteca, desci a escada, passei em frente ao centro acadêmico, passei
em frente a lanchonete, tinha muita gente conhecida. Eu fiz todo esse
trajeto e ninguém em absoluto me viu. Eu tive uma sensação muito ruim. O
meu corpo tremia como se eu não o dominasse, uma angustia, e a tampa da
cabeça era como se ardesse, como se eu tivesse sido sugado. Fui almoçar,
não senti o gosto da comida e voltei para o trabalho atordoado.

E depois de oito anos trabalhando como gari? Isso mudou?
Fui me habituando a isso, assim como eles vão se habituando também a
situações pouco saudáveis. Então, quando eu via um professor se
aproximando – professor meu – até parava de varrer, porque ele ia passar
por mim, podia trocar uma idéia, mas o pessoal passava como se tivesse
passando por um poste, uma árvore, um orelhão.

E quando você volta para casa, para seu mundo real?
Eu choro. É muito triste, porque, a partir do instante em que você está
inserido nessa condição psicossocial, não se esquece jamais. Acredito
que essa experiência me deixou curado da minha doença burguesa. Esses
homens hoje são meus amigos. Conheço a família deles, freqüento a casa
deles nas periferias. Mudei. Nunca deixo de cumprimentar um trabalhador.
Faço questão de o trabalhador saber que eu sei que ele existe. Eles são
tratados pior do que um animal doméstico, que sempre é chamado pelo
nome. São tratados como se fossem uma ‘COISA’.

Depois de ler o e-mail e acessar alguns artigos do psicólogo social me veio na mente, será que estamos ensinando a esta nova geração a importância do simples BOM DIA?

Esta pode ser uma forma simples de viver a vida e fazer a diferença na vida de outras pessoas.

Diná Dornelles Barreira, pedagoga, especialista em Gestão e Desenvolvimento Humano, Mestrada em Gestão e Educação Ambiental.

 
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Publicado por em 12/06/2021 em Brasil

 

Vida e morte

Caminhamos na sombra da morte, cada um de nós sozinho e todos juntos.

Socrates em seu discurso final, concluiu que a morte é uma migração da alma para outro mundo, muito melhor do que este.

Deveríamos aceitar a morte como um “desapego”, afinal ela é parte do processo da existência, de vir e de partir.
Nada e ninguém são eternos, tudo é passageiro e efêmero e tudo se desvanece como se nunca tivesse existido.

Essa afirmação têm um forte efeito emocional, porém tudo o que podemos fazer diante da morte de alguém que amamos, é continuar vivendo. Podemos e devemos encontrar novos prazeres depois que pessoas amadas se foram.

Devemos e podemos seguir em frente, trazendo na memória as melhores lembranças e assim superar nossas piores dores, afinal nós também iremos em breve.

  • Fazer o bem, disse uma alma inspiradora.
    É realmente assim: ajudar os seres vivos.
    Ao ajudar alguém, ajudar animais e até porque não, plantas, nos tornamos felizes.

Madame Bê

 
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Publicado por em 11/02/2021 em Brasil

 

As árvores, como tela

As árvores são um bem inestimável, que contribuem de maneira direta o equilíbrio e o ecossistema em que vivemos.

Pensando nisso, artistas do mundo inteiro vêm se debruçando através da arte, para conscientizar as pessoas, a importância e a preservação do meio ambiente.

Entre tantas obras conceituais e ou, de instalação, trago imagens do artista grego, Konstantin Dimopoulos. Ele utiliza árvores vivas como tela, criando um efeito impactante na psique das pessoas.

Na obra intitulada de “The Blue Trees”, Dimopoulos utiliza a cor azul, para enfatizar a importância das árvores para a sobrevivência do Planeta. Não sendo a cor natural, ele provoca as mais diversas reações no espectador, levando-nos a questionar o quão importantes são as árvores e como elas passam despercebidas no nosso dia a dia.

O pigmento utilizado é produzido a base de água e biologicamente seguro, dessa maneira a cor desaparecerá gradualmente dos troncos e estes retornarão ao estado natural ao final de alguns meses.

Imaginem nós vendo imagens como essas? Deve ser muito surreal. ❤️

 
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Publicado por em 06/26/2021 em Brasil

 

Na dor você acredita em qualquer um

Esse instigante texto é leitura obrigatória para quem quer saber das artimanhas de um grande deturpador do Espiritismo francês, e que se promoveu através de farsas “mediúnicas” que demonstram uma série de irregularidades. Publicamos aqui em memória ao parapsicólogo Padre Oscar Quevedo, que morreu hoje, aos 89 anos.

Para quem é amigo da lógica e do bom senso, lerá este texto até o fim, nem que seja preciso imprimi-lo para lê-lo aos poucos. Mas quem está movido por paixões religiosas e ainda sente fascinação obsessiva por Chico Xavier, vai evitar este texto chorando copiosamente ou mordendo os beiços de raiva.

A farsa de Chico Xavier
Por Padre Quevedo
Francisco Cândido Xavier (1910-2002), mais conhecido como “Chico Xavier”, começou a exercer sistematicamente como “médium” espiritista psicógrafo à idade de 17 anos no Centro Espírita de Pedro Leopoldo, sua cidade natal.
# Durante as últimas sete décadas foi sem dúvidas e cada vez mais uma figura muitíssimo famosa. E a mais considerada pelos milhões de espiritistas do Brasil. E muito estimada inclusive por milhões de outras pessoas não-espiritistas.
# Principal motivo e base de toda a exaltação propagandística: além de inumeráveis bilhetes e breves mensagens, 419 livros psicografados. Nenhum autor brasileiro tem tamanha produção. Entre 8 a 11 livros por ano. A Federação Espírita Brasileira (FEB) e outras entidades espiritistas publicam sistematicamente esses livros traduzidos em oito idiomas, inclusive japonês, árabe… e esperanto, distribuindo-os por mais de 40 países. No Brasil, 25 milhões de exemplares vendidos.
# Acrescenta-se, para a admiração popular, que “Chico” cedeu todos os direitos autorais a diversas entidades espiritistas de atendimento aos pobres.
# A organização de propaganda espiritista apresentou pessoalmente Chico Xavier, com seus livros, por diversas cidades de Estados Unidos, Inglaterra, França, Itália e Portugal. Uma das mais destacadas conseqüências práticas dessas viagens foi a fundação do “Christian Spirit Center”, em Ellon College, Carolina do Norte.
# Em numerosos jornais e revistas foram publicados e repetidos sem cessar grandes elogios à psicografia de Chico Xavier: “Os poetas de que ele é intérprete, apresentam as mesmas características de inspiração e de expressão que os identificavam neste planeta”. “Anos após a sua morte, é dado encontrar-lhe novamente as idéias e o estilo”. “Não atraiçoou poeta algum, pois todos se apresentam realmente como eram em vida”. “Ninguém que haja lido assiduamente os escritores em questão, deixará de reconhecê-los integralmente nas poesias ou livros psicografados”. Apregoam que inclusive o grande crítico literário Agripino Grieco reconheceu nas psicografias de Chico o inconfundível estilo de Umberto de Campos… “Se o homem produziu tudo aquilo por conta própria, então ele pode ocupar quantas cadeiras quiser na Academia”. Etc.
A propaganda espalha pelo Brasil inteiro (e sem tanto êxito em muitas outras partes do mundo), a pergunta: “Como é possível que um ignorante e iletrado seja capaz de escrever tudo isso e em diferentes estilos?”.
A realidade é muito diferente
# Direitos autorais
Não foram empregados só em atendimento aos pobres, senão também e preferentemente para divulgação dessas psicografias e para propaganda do Espiritismo. Concretamente já aludimos ao “Christian Spirit Center”, que pessoalmente Chico ajudou a fundar. Precisamente junto ao centro onde atendia Chico havia uma livraria de Espiritismo. Etc.
(The Christian Spirit Center was an American branch of the Brazilian Spiritualist movement and existed primarily to translate the messages of Brazilian mediums (spoken in Portuguese) into English. Brazilian Spiritualism is derived from the French spiritism of Allan Kardec and gives central importance to reincarnation.
The center affirmed the continuity of life after death (proved by Christ in his resurrection), the law of cause and effect, reincarnation, and the freedom and moral responsibility of people. Last known address: P.O. Box 114, Elon College, NC 27244. Read more: http://www.answers.com/topic/christian-spirit-center#ixzz3J37GUjBN)
# Academia?
Há falsários perfeitíssimos que enganaram aos melhores museus e especialistas. Mas descoberta a falsificação, nenhum falsário foi elevado à cadeira de nenhuma academia: imitação não é originalidade. O pastiche não é a genialidade.
# Iletrado?
“Fez o curso primário e estudou mais um ano com uma professora particular, que testemunha: ‘Distinguia-se por sua inteligência, sua memória prodigiosa e sua aplicação ao estudo. Só queria ler, não participava dos brinquedos nem das rodas dos outros meninos, e quando deles queria participar era tão sem jeito e sem graça, que preferia desistir’” (“O Diário” de Belo Horizonte, 1954, série de artigos).
E outro pesquisador no “Diário de Minas” (10-VIII-1958): “Que Chico Xavier não é um iletrado, como espalharam seus admiradores. Já há cerca de quinze anos acentuei como fez estudos secundários, e ainda muito jovem publicava sonetos seus, com sua assinatura, como um que transcrevi naquele artigo, sonetos melhores do que muitos psicografados que ele atribui à Bilac, por exemplo”.
Em todo caso Chico tinha, de nascença, uma grande queda à literatura, pelo gosto irreprimível de leitura, pela riqueza da sua imaginação e pela facilidade para escrever, tanto que já no quarto ano primário recebe menção honrosa num concurso sobre o Centenário da Independência do Brasil. (Repórter Ramón García y García na revista “Fatos e Fotos”, 1972, página 25).
# Chico disse depois que fora psicografado por um literato do além!
A quem pretende enganar, que não seja já fanático? Se tivesse sido psicografia de algum literato do além, teria ganhado o primeiro prêmio, não só menção honrosa: Os juizes perceberam clarissimamente o estilo de um menino do primário e isso é que quiseram homenagear…
Cada qual naquilo para que tem tendência e para o que treina. Chico tinha tendência literária, Gasparetto para a pintura, Rosemary Brown para música, Frank Cox para pianista, etc., etc. Por que os “espíritos” não escrevem música com Chico nem literatura com Cox…?
# O mesmo estilo de quando vivos?
Na realidade o que aquele grande crítico literário, Agripino Grieco, escreveu é muito diferente: “Os livros póstumos, ou pretensamente póstumos, nada acrescentam à gloria de Umberto de Campos, sendo mesmo bastante inferiores aos escritos em vida. Interessante: De todos os livros que conheço como sendo psicografados, escritos por intermédio de um médium, nenhum se equipara aos produzidos pelo escritor em vida” (“Diário da Noite”, São Paulo, 28-VI-1944).
Outro crítico literário, João Dornas Filho, a respeito, por exemplo, de Olavo Bilac: “Esse homem que em vida nunca assinou um verso imperfeito, depois de morto teria ditado ao Sr. Xavier sonetos interinos abaixo de medíocres, cheios de versos mal medidos, mal rimados e, sobretudo, numa língua que Bilac absolutamente não escrevia!” (“Folha da Manhã”, São Paulo, 19-IV-1945).
O crítico literário Osório Borba, a pedido do “Diário de Minas” (10-VIII-1958), resume assim sua perícia crítica, apoiado também no II Congresso Brasileiro de Escritores (1947): “Levo anos e anos pesquisando. Catei inúmeros defeitos de várias espécies, essenciais ou de forma. A conclusão de minha perícia é totalmente negativa. Aqueles escritos ‘mediúnicos’, por quem quer que conheça alguma coisa de poesia ou literatura, não podem ser tidos como de autoria dos grandes poetas e escritores a quem são atribuídos. Autores de linguagem impecável em vida aparecem ‘assinando’ coisas imperfeitíssimas como linguagem e técnica poética. Os poetas ‘desencarnados’ se repetem e se parodiam, a todo o momento, nos trabalhos que lhes atribuem ‘mediunicamente’. Por exemplo, Antero de Quental plagiando (!) em idéia e até em detalhes, literalmente um soneto de Augusto dos Anjos. Tudo isso está exaustivamente documentado, através de um sem número de citações e confrontos”.
“As pessoas que se impressionam pela ‘semelhança’ dos escritos ‘mediúnicos’ de Chico Xavier com os deixados pelos seus indigitados autores, ou são inteiramente leigas sem maior discernimento em matéria de literatura, ou deixaram-se levar ligeiramente por uma primeira impressão. Se examinarem corretamente a literatura psicográfica verão que tal semelhança é de pastiche, mais precisamente, de caricatura. O pensamento das psicografias (de Chico Xavier) é absolutamente indigno do pensamento dos autores a quem são imputados, e a forma em geral e a técnica poética, ainda piores. E há inúmeros casos de parodia e repetição de temas, frases inteiras, versos, além dos plágios”.
“Por exemplo, Bilac aparece com sonetos verdadeiramente reles, e incorretos, pensamento primário, péssima linguagem, péssima técnica poética, que qualquer ‘Caixa de Malho’ recusaria. De Augusto dos Anjos, os poemas ‘mediúnicos’ repetem assuntos, pensamentos, versos e frases. Etc.”.
Como diz o crítico literário Leo Gilson Ribeiro, “Uma coisa é clara: Quando o ‘espírito’ sobe, sua qualidade desce. É inconcebível que grandes criadores de nossa língua, depois da morte fiquem por aí gargarejando o tatibitate espírita” (revista “Realidade”, Novembro 1971, página 62).
O jornalista João de Scantimburgo objetava a Chico Xavier: “Eu insisto que a escrita automática é o produto do inconsciente do senhor, não de mediunidade. Na França foi publicada uma coleção de livros com o título genérico ‘A maneira de…’ em que algumas pessoas fazem a imitação de vários autores. Se o senhor ler, não distinguirá ainda que tenha profundo conhecimento do estilo do autor imitado. E trata-se de uma imitação consciente. O senhor imita autores dirigidos pelo inconsciente (?). Em nada supera as faculdades naturais” (“Diário de S. Paulo”, 8-Agosto-1971, 3.º caderno, página 7).
Ora, quando se trata de conteúdo… Insiste o jornalista citado: “Além de jornalismo, eu também tenho a carreira de Filosofia. E não foram psicografados conteúdos profundos e complexos como a obra (à maneira de) Platão, a de Aristóteles, a de Santo Agostinho, a de Santo Tomás de Aquino, a de Descartes, a de Kant, e a de outros filósofos e pensadores. Não será porque o senhor, Chico Xavier, não tem esses conhecimentos?”.
Em todas as psicografias de Chico Xavier o fundo é sempre o mesmo por mais diferentes que tenham sido os “espíritos” aos que se atribuem: Uma ‘religiosidade’ moralista, piegas, melíflua, repetitiva, absolutamente infantil… Quase três adjetivos por linha. Os mais usados: cariciosas, dulcíssima, inexcedível, amados…
Deveria bastar ler qualquer livro psicografado por Chico Xavier para compreender que tudo está muito longe de ser o que seus propagandistas proclamam. Tomemos a melhor publicação, a mais elogiada: “O Nosso Lar”. Tudo está plagiado de absurdos e contradições.
Como conclusão deste aspecto, a acertada qualificação divulgada por Dom Benedito Ulhoa, arcebispo de Uberaba, que conhecia muito bem o caso: “Chico Xavier não passa de um hábil pasticheiro”.
É mesmo psicografia?
# Em duas oportunidades, havendo eu instruído a um repórter da TV Gazeta e ao padre Herbert Günter, da TV “Pro Vobis” da Alemanha, comprovamos que Chico Xavier sabia o que acabava de “psicografar”…
# A técnica científica poderia refutar aos líderes do Espiritismo, mas Chico Xavier bem instruído por esses mesmos líderes, não permitia que se tirasse o eletroencefalograma e se fizesse outras análises clínicas quando dizia que estava psicografando, em público. Saberíamos se estava escrevendo inconscientemente, psicografia, ou se estava fingindo por escrever conscientemente.
Reconhecido pelo próprio Chico
Aliás, o próprio Chico Xavier, apesar de pretender disfarçá-lo, na realidade repetidas vezes, estava reconhecendo seu longo treino, por exemplo, quando confessou que “por quatro anos em trabalho muito cansativo e com muito esforço”, “até 1931 recebeu centenas de mensagens”, “mas Chico as destruiu, já que ‘não passavam, segundo ele, de exercícios de psicografia’” (Em entrevista à repórter Teresa Goulart na revista “Manchete”, 5 de Junho de 1982).
O testemunho do sobrinho
Amauri Xavier Pena, filho da irmã mais velha de Chico Xavier, Dona Maria Xavier, foi escolhido pelo tio para ser seu sucessor. Vinha treinando desde os treze anos. Aos 17 anos cedeu às insistências do tio. Treinado com grande constância na “psicografia”, mostrou maior facilidade do que o famoso tio para imitar os autores que lia. E assim publicou mais de cinqüenta livros “psicografados” imitando mais de cinqüenta autores, “cada qual no seu próprio e inconfundível estilo. Recebeu também uma epopéia de Camões em estilo quinhentista”, Cruz e Sousa, Gonçalves Dias, Castro Alves, Augusto dos Anjos, Olavo Bilac, Luís Guimarães Jr., Casemiro Cunha, Inácio Bittencourt, Cícero Pereira, Hermes Fontes, Fabiano de Cristo (?!), Anália Franco…, e até Bocage e Rabindranath Tagore. O boletim espiritista “Síntese”, de Belo Horizonte, fazia a divulgação.
“Um grande médium” era proclamado, mesmo depois da auto-retratação em Julho de 1958 no “Diário de Minas”. E lá mesmo, perante os jornalistas, imitou diversos estilos de autores famosos. “Tudo o que tenho ‘psicografado’ até hoje, apesar das diferenças de estilo, foi criado pela minha própria habilidade, usando apenas conhecimentos literários”, declarou.
E proclamou que seu tio Chico Xavier “não passa de um grande farsante”. E à revista “Manchete”: “Revoltava-me contra as afirmações dos espiritistas (que diziam que era médium). Levado à presença do meu tio, ele me assegurou, depois de ler o que eu escrevera, que um dia eu seria seu sucessor. Passei a viver pressionado pelos adeptos da ‘terceira revelação’”…
Como absurdamente chamam ao Espiritismo, com ele pretendendo suplantar, após as revelações do Pai e do Filho, a Terceira Revelação pelo Divino Espírito Santo o dia de Pentecostes.
“A situação torturava-me, e várias vezes, procurando fugir àquele inferno interior, entreguei-me a perigosas aventuras, diversas vezes saí de casa, fugindo à convivência de espíritas. Cansado, enfim, cedi dando os primeiros passos no caminho da farsa constante. Tinha então 17 anos”.
“Perseguido pelo remorso e atormentado pelo desespero, cometi vários desatinos (…). Vi-me então diante da alternativa: mergulhar de vez na mentira e arruinar-me para sempre diante de mim mesmo, ou levantar-me corajosamente para penitenciar-me diante do mundo, libertando-me definitivamente. Foi o que decidi fazer procurando um jornal mineiro e revelando toda a farsa” (…).
“Meu tio é também um revoltado, não conseguindo mais recuar diante da farsa que há longos anos vem representando”.
“Eu, depois de ter-me submetido a esse papel mistificador, durante anos (…), resolvi, por uma questão de consciência, contar toda a verdade” (Ver também “Estado de Minas”, 20-Janeiro-1971; revista “Realidade”, Novembro 1971, página 65; etc.).
Mais uma máscara
Com a retratação do sobrinho reconhecendo que tudo, dele e do famoso tio, era pura farsa, Chico Xavier, às pressas, simplesmente com a roupa do corpo, abandonando tudo, fugiu secretamente de Pedro Leopoldo.
# Após algum tempo escondido, verificou-se que reaparecera como médium psicógrafo em Uberaba. Até o fim da sua vida. E mais um engano ou disfarce tão grosseiro como atraente: na “Comunhão Espírita Cristã”…
Fingem ignorar que Espiritismo e Cristianismo são absolutamente incompatíveis.
# Mas Amauri Xavier Pena, carregado de remorsos, insistia na retratação. E os “espíritos superiores” decretaram sua morte: num muito conveniente “acidente” de carro…
O testemunho da irmã
Dona Maria Xavier, irmã mais velha e que se fizera de “mãe” de Chico Xavier, declarou inúmeras vezes que tudo isso da pretendida psicografia espírita era devido a incansável treino anos e anos a fio.
E freqüentemente declarou mais: que por tais testemunhos, Chico, quando já “médium” famosíssimo, por duas vezes tentou sugestioná-la para morrer, dizendo que os espíritos superiores haviam anunciado a morte dela para tal data. Errou. Novamente anunciou a morte para uns meses mais tarde. Errou de novo. Dona Maria Xavier não se deixou sugestionar pelo famoso irmão espírita.
Malandragens e mentiras
# Chico Xavier, quando “psicografa”, com os dedos tampa o olho esquerdo.
Para que? Nele é completamente cego.
# E com a palma da mão, folgadamente, encobre o olho direito fechado, de forma que num palpebrar rápido pode ver perfeitamente sem que os presentes percebam essa vulgar manobra…
Que, porém, não engana a nenhum aprendiz de mágico…
# Ou, então, deixa ao descoberto o olho esquerdo fechado, o cego, enquanto que encobre com a palma da mão com bastante folga o olho direito…
# Vendo-o falar sozinho, o pai leva-o à paróquia de Matosinhos, próxima a Pedro Leopoldo, para falar com o padre Sebastião Scarzelli. “Era um senhor muito bondoso, de quem eu recebia muitos conselhos e algumas penitências”.
“Uma das pequenas penitências impostas pelo padre: seguir todas as procissões que houvesse, carregando uma pedra de 15 quilos na cabeça. Uma vez eu tinha de rezar mil Ave-Marias. Ia rezando e contando. Quando chegava mais ou menos a 950, vinha um espírito brincalhão e me fazia errar a conta. Lá ia eu começar tudo de novo”.
“‘Cínico, tem parte com o Diabo, precisa internar’, e lá ia o pai com Chico ao padre, e tome mais Ave-Marias e outras penitências” (Entrevista ao repórter Ramón García y García, em “Fatos e Fotos”, 1977, artigo “As torturas a um menino órfão”, págs. 24 s).
– Alguém pode duvidar que estas afirmações de Chico Xavier sejam mentiras deslavadas? E quem assim mente quantas outras mentiras haverá proferido?
Doente mental
# Por motivos de saúde houve que fazer o eletroencefalograma de Chico Xavier, fora do controle dos espiritistas quando fingia que estava “psicografando”. Resultado esclarecedor: “Foco temporal classicamente responsável por distúrbios sensoriais, alucinações, ouvir vozes (…), arritmia, tendência a ataques epilépticos ou ‘transes’” (Ver, entre outras publicações, revista “Realidade”, Novembro, 1971).
# Depoimento do pai, Sr. João Cândido. Confessou o próprio Chico Xavier com referência à sua “iniciação mediúnica” na infância, de sonâmbulo falante e ambulante: “Meu pai estava querendo internar-me em um sanatório para enfermos mentais (…). Devia ter suas razões: naquela época me visitavam (…) também entidades estranhas perturbadoras” (Em entrevista ao repórter Mauro Santayana, “Folha Ilustrada”, São Paulo, 11-Julho-1982).
# Depoimento da madrinha, Dona Rita: “Dizia que eu era louco”. Surrava-me “por ser doido (…). Dizia a todo mundo que o menino era doido varrido” (Em entrevista ao repórter Ramón García y García, “Fatos e Fotos”, n.º 1072).
# Por afirmação do próprio Chico. Afirmou inúmeras vezes que estava sempre sendo assistido e inspirado por “Emmánuel”. Continuamente, ininterruptamente, dia e noite…, que o via, ouvia e sentia como a qualquer pessoa viva ou a qualquer coisa ao redor. Especialmente por “Emmánuel”, como chefe, mas também mais de 500 outros “espíritos” subordinados.
Sendo isto não só sem prova nenhuma senão também clarissimamente falso, como veremos, de duas uma: ou Chico Xavier não acreditava no que afirmava e seria um contínuo mentiroso e contínuo farsante, ou acreditava nessa afirmação e então estava completamente fora da realidade, o que significaria que era absoluta e continuamente louco em alto grau.
Surtos ou confirmações da loucura?
Se todo o proceder e afirmações de Chico Xavier foi totalmente farsa, os episódios a que agora vou me referir classificar-se-iam propriamente como surtos, ataques de loucura mais ou menos freqüentes. Se, porem, não fosse farsa, os casos que vamos citar seriam só confirmações, manifestações mais notáveis da sua plena e habitual grande loucura.
# Por exemplo, quando era escriturário no Ministério de Agricultura em Pedro Leopoldo: “Eu estava trabalhando, quando vi entrarem dois espíritos perturbados, que vinham já há vários dias fazendo ameaças. Um deles estava armado de revólver e, depois de me dirigir vários desaforos, disse que ia me matar. Dito e feito: apertou o gatilho e a bala atingiu meu ombro, mas só de raspão, porque eu ainda tive tempo de desviar o corpo (…). Tanto o tiro foi real, que eu fiquei oito dias com o ombro dolorido” (Em entrevista à revista “Realidade”, Novembro, 1971).
# “Este coelho não é muito honesto. Outro dia, dois gatos meus vieram denunciá-lo (…). O coelho, disseram, lhes estava comendo a razão de carne. Os coelhos deveriam ser herbívoros, mas este, acanalhado, virou carnívoro” (Ibidem).
# “Freqüentemente, quando viaja de carro, se nota uma folha ao vento ou alguma coisa semelhante, ‘mando parar. Temo que os cavalos do motor se assustem’ me diz Chico Xavier” (Ibidem).
# Etc., etc.
E as incongruências
Apresento algumas, entre milhares. Se Chico Xavier não era louco, a farsa seria gravíssima demais… Se Chico Xavier era um grande doente mental, não estranhariam as contínuas e enormes incongruências e que ele as atribuísse a “espíritos” superiores.
A propaganda que dele fazem os líderes do espiritismo é que deveria estranhar se não fosse conhecido o fanatismo e mesmo tortuosa intenção…
# No “Parnaso de Além Túmulo” Chico Xavier apresenta um soneto, no “estilo dos sonetos do exílio” como se fosse uma psicografia ditada pelo “espírito” de Dom Pedro II.
Ora, o “espírito” de Dom Pedro II não sabia nem ninguém lhe comunicou no além, nem a ele nem a Chico, que os “sonetos do exílio” não eram de Dom Pedro senão de um nobre que o acompanhava? (Com toda razão Gustavo Barroso ridicularizava então a Chico Xavier num artigo em “O Cruzeiro”).
# “E no caso de Humberto de Campos é mais grave”…
“Porque ele capricha em obedecer ao Decreto do Governo Federal que instituiu a ortografia fonética, decreto baixado depois de seu trespasse” (Timponi, Miguel: “A Psicografia ante os Tribunais”, 4.ª edição, página 333).
# Chico Xavier fundou em Pedro Leopoldo o Centro Espírita São Luís Gonzaga, Rei da França.
Isto é, os “espíritos superiores” que pretendidamente assessoram a Chico seriam tão ignorantes, que não sabem que São Luís Gonzaga, jesuíta, italiano, morto muito jovem no século XVI é completamente diferente de São Luís, Rei da França, das Cruzadas, morto velho no século XIII.
# A “psicografia” mais reeditada e mais vendida, mais traduzida a outras línguas, mais difundida em Teatro e Televisão… é a novela “Nosso Lar”.
Não sabemos que admirar mais, se a tão delirante como brilhante imaginação de Chico Xavier ou o “fanatismo” dos seus propagandistas:
Conta a história no além do “espírito” do famoso médico Dr. Osvaldo Cruz, que no além e nas numerosíssimas mensagens transmitidas a Chico e nos numerosos lares e centros de espiritismo que patrocina, recebe o nome de André Luís. Este espírito “desencarnado”, ficou oito anos andando, andando (com que pernas?) sem saber por onde nem para onde. “Persistiam em mim as necessidades fisiológicas sem modificação” (um desencarnado precisando esconder-se detrás de arbustos para fazer xixi e cocô!). “Castigava-me a fome de todas as fibras” (?), “De quando em quando deparavam-se-me verduras (no além!), que me pareciam agrestes, em torno de humildes filetes d’água a que me atirava sequioso. Devorava (com que dentes?) as folhas desconhecidas, colocava os lábios (?) à nascente turva”, “Suguei lama da estrada”. “Não raro era imprescindível ocultar-me das enormes manadas de seres animalescos, que passavam em bandos quais feras insaciáveis”.
Por fim chegou “à frente de grande porta encravada em altos muros, cobertos de trepadeiras floridas e graciosas”. É o “Nosso Lar”, uma colônia espiritual do além consagrada ao Cristo, fundada por “espíritos” portugueses “desencarnados” no Brasil no século XVI. Tem um milhão de “almirantes”. Está num lugar do espaço mais perto do Sol do que da Terra (que cegos nossos astrônomos e astronautas que não encontraram no nosso sistema solar água, nem plantas, nem feras, nem habitantes, nem construções… nem esse “planeta”). Ocorria um movimento de greve para melhorar a comida, mas a ordem foi logo restabelecida com censura à imprensa, prisões em massa. André Luiz descreve “vampiros, rostos encabeirados, mãos esqueléticas, fácies monstruosas” com vômitos negros (apesar de desencarnados!?). Quem na Terra usou os olhos para o mal, em “Nosso Lar” (como espírito desencarnado!) comparece com as órbitas vazias. Quem usou as pernas para o mal, (desencarnado!) fica paralítico e mesmo sem pernas. Mas de um a outro lado da colônia, há um serviço regular de aerobus.
Naqueles dias o governador do “Nosso Lar” comemorava seu 114.º aniversário de governança (lá também há ditadura!), assistido por doze Ministérios, cada ministério orientado por 12 ministros (lá também há cabides de empregos).
Através das brechas nos muros da cidade, por desleixo do Ministério e dos serviços de Regeneração, havia intercâmbio clandestino (como o contrabando daqui!), pelo que o Governador “mandou ligar as baterias elétricas das muralhas da cidade, para emissão de dardos magnéticos”.
# Toda a sua vida Chico Xavier proclamou que seu principal “espírito guia” era “Emmánuel” (assim, com acento tônico na letra a, proparoxítona), afirmando que fora “senador romano dos tempos de Cristo”.
Chico ouviu que o latim não tem oxítonas, e transformou a palavra em proparoxítona. É que nenhum “espírito” do além saberia que a palavra “Emmánuel” não existe, é Emmanuel (oxítona), como Manuel, Gabriel, Rafael, Miguel.
E nenhum “espírito” de morto saberia que Emmanuel não é uma palavra latina, senão hebraica, que significa “Deus conosco”, termo profético aplicado na Bíblia a Jesus Cristo.
# Quando ridicularizei a afirmação de Chico, pois nos tempos de Cristo nenhum senador romano poderia chamar-se “Emmánuel”, nome cristão, e então o Cristianismo ainda não chegara a Roma, Chico Xavier inventou que “Emmánuel” era o pseudônimo de Públio Léntulo.
Corresponderia o ônus da prova a Chico Xavier…, ou a “Emmánuel”.
Houve um senador romano chamado Publius Cornelius Lentulus, padrasto do Imperador Marco Antônio, e foi destituído do Senado por corrupção e por corrupção executado a pedido do célebre orador Cícero. Mas nenhum “espírito” de morto sabia que essa execução foi no ano 63 antes do nascimento de Cristo… Portanto, bem longe de ser contemporâneo de Jesus.
# Quando perguntei, publicitariamente, contra a absurda afirmação dos espiritistas kardecistas, se “Emmánuel” esquecera de reencarnar, Chico Xavier inventou que “Emmánuel” tivera outras duas reencarnações posteriores, o padre Manuel da Nóbrega, jesuíta, e o padre Damián, espanhol.
O ônus da prova?
Agradeço a homenagem: sou jesuíta e espanhol.
# Acontece que Chico Xavier disse que o padre Manuel da Nóbrega teria sido a última reencarnação de “Emmánuel” segundo revelação dele próprio (Citemos, entre tantas fontes, por exemplo, “O Popular”, de Goiânia, 19-Novembro-1975, 2.º Caderno, página 15).
Quando mente Chico Xavier? Quando diz que a última reencarnação de “Emmánuel” foi no padre Nóbrega, ou quando diz que no padre Damián? (Claro, as duas são mentiras).
# Mas mesmo com as tais supostas duas reencarnações não se resolve o problema. O padre Manuel da Nóbrega morreu em 1570. Segundo Chico teria reencarnado 50 anos depois (portanto 1620) no padre Damián, espanhol que haveria evangelizado na França.
Ora, e depois voltou a esquecer de reencarnar?
# Acontece também que todos os senadores romanos (“Emmánuel”), e todos os jesuítas até há poucos anos (padre Manuel da Nóbrega), e todos os padres antigos (como seria o não identificado padre Damián) falamos latim. Desafiei em nome da Parapsicologia Internacional: 10.000 dólares a Chico e mais outros tantos a cada um dos que coubessem na sala, se Chico conseguisse falar ao menos um minuto comigo em latim. E nas mesmas condições outros 10.000 se falasse em espanhol (padre Damián). E nas mesmas condições outros 10.000 se falasse em francês (padre Damián, de novo).
# Etc., etc., etc. Acrescentarei mais alguns disparates somente a respeito da reencarnação, absurdo de que espiritistas kardecistas são ferrenhos propagadores…
E se dizem cristãos, sendo que é impossível conciliar reencarnação com ressurreição, esta que é baluarte principal da fé cristã. O próprio Cristo, e Nossa Senhora já não mais existiriam, pois haveriam reencarnado já várias vezes!
# Inúmeras vezes Chico cai em contradição com respeito à reencarnação. Por exemplo, na “Mensagem aos meus pais” do “espírito” de Syumara de Oliveira “psicografada” por Chico: “Conservem a certeza de que surgirá o dia em que nos reencontraremos para a felicidade sem ponto final” (Reunião Pública no Grupo Espírita da Prece, Uberaba, 7-Junho-1980).
O que é proclamar a ressurreição e felicidade eterna.
# Igualmente na tão paparicada “psicografia” em que teria escrito em espelho e em inglês,
Não fosse evidente que foi desenhada muito pacientemente uma frase aprendida de cor; truque tão infantil; perante que testemunhas “psicografou” tal frase?…
Mas o que agora frisamos: o conteúdo da frase é contra a interpretação reencarnacionista da dor, contra a doutrina espiritista em geral, e no sentido cristão de colaborar com Cristo na Redenção do mundo: (Tradução) “Meus caros amigos espiritualistas, o conhecimento dos homens é nulo em face da morte (o conhecimento dos espiritistas, pois a eles seria dirigida a mensagem de “Emmánuel”); suportai a vossa Cruz com paciência e coragem. A dor e a fé são os maiores tesouros terrenos e o trabalho é o ouro da vida”.
# Se a dor e as doenças fossem em castigo de “reencarnações” anteriores como absurdamente diz o próprio Chico e os espiritistas kardecistas em geral, Chico Xavier seria, em vez de um espírito muito desenvolvido, como pretendem, pois desde criançinha teria péssimo “karma”, perdendo a mãe aos cinco anos, foi maltratado por cruel madrinha, sempre teve péssima saúde, sexualmente invertido, tendência à epilepsia e alucinações, sofreu dois infartos, teve labirintite muito violenta, a próstata temia-se que o levasse à morte prematura, ficou cego do olho esquerdo, etc., etc.: Uma coletânea do pior “karma” (!?).
# Em resposta ao repórter Almir Guimarães, Chico afirma que o Beato padre José de Anchieta está “no plano espiritual” (“Pinga Fogo” da TV Tupi e “Especial Encarte” do “Diário de S. Paulo”, Dezembro 1971, página 12).
É claro, não há reencarnação, está ressuscitado com corpo espiritualizado no Céu por toda a eternidade.
Mas com referência a essa absurda doutrina dos espiritistas kardecistas, também o padre Anchieta esqueceu de reencarnar?
E também agradeço a nova homenagem: O padre Anchieta também era espanhol e jesuíta…
# Quando Chico praticava “exercício ilegal da medicina” (artigo 284 do Código Penal), as receitas seriam por “psicografia” do “espírito” de Bezerra de Menezes.
Mais um que haveria esquecido de reencarnar…
# Etc., etc.
Vaidade doentia
Muitos ficam surpresos pelo fato concreto de o “humildíssimo” Chico usar peruca até terminar o implante de cabelos, e antes sempre boina.
É típica a vaidade exacerbada como mecanismo doentio para compensar defeitos que poderiam levar ao complexo de inferioridade. Em Chico Xavier, homossexualidade, toda a vida doente, surtos ou contínua psicose… Não insistirei nisto, só o mínimo para desmascarar em Chico o contínuo fingimento de humildade. Bastem as palavras do grande psiquiatra Professor Dr. Silva Mello: “Dentro do espiritismo, do mediunismo, da psicografia há muito desejo oculto, muita necessidade de ser diferente e maior e melhor do que os outros, muita vaidade, muito amor próprio (…) bem disfarçado (…). E talvez em nenhum território humano apareça isso de maneira tão evidente como justamente no campo do espiritismo” (“Mistérios e Realidades deste e do Outro Mundo”, página 277).
Nem adivinho, nem inspirado
Nada teria de mais que Chico Xavier tivesse alguma adivinhação, do pensamento ou realidade, em relação com alguma pessoa viva, no presente ou num passado ou futuro não muito distantes. Como tantas outras pessoas têm, ou mesmo todas alguma vez. Mas Chico Xavier não tinha um mínimo que fosse de controle da adivinhação, nem estava contra o que afirmava, inspirado continuamente, ininterruptamente, dia e noite, especialmente por “Emmánuel” e mais outros 500 guias.
Além de ganhar os 60 mil dólares com que durante 40 anos eu lhe vim desafiando em nome da Parapsicologia Internacional,
# Não teria sido enganado por Otília Diogo nas fraudulentas materializações na própria casa de Chico Xavier, em Uberaba, farsa grosseira e contínua na que tão entusiasticamente colaborou, até ser tudo desmascarado pela equipe de repórteres (revista “O Cruzeiro”, ampla série de reportagens nos primeiros meses de 1964; e outras muitas reportagens posteriores, por exemplo, 27-10-1970; e em outras revistas inclusive do estrangeiro, por exemplo, na revista “Creencias Populares”, da Argentina, Março de 1975; e em jornais, por exemplo, série de quatro artigos em “A Gazeta” de Curitiba; etc.).
# não teria confiado tão entusiasticamente, ao ponto de designá-lo para seu sucessor, em Amauri Xavier Pena, o sobrinho que o desmascarou.
# não teria confiado nem deixado que seu “filho” adotivo, o dentista Eurípides Higino dos Reis, e a ex-mulher deste, Cristine Gertrude Shulz, desviassem dinheiro em grande quantidade durante anos, como denunciou o promotor de Investigações Criminais Dr. José Carlos Fernandes (“Veja” 14-fevereiro-2001; “Contigo”, 20-Fevereiro-2001; “O Estado de São Paulo”, 31-Março-2001; “Jornal do Brasil”, 21-Setembro-2001; etc., etc.).
# entre outros muitos exemplos, não haveria obtido tão facilmente êxito o repórter Hamilton Ribeiro. A seu pedido, Chico Xavier “psicografou” uma mensagem do “espírito” da mãe do Sr. João Guignone, Presidente da Federação Espírita do Paraná.
Acontece que foi artimanha do repórter, a senhora “comunicante” está viva em Curitiba.
# Continua o repórter Hamilton Ribeiro: “Agora vou ler a receita psicografada do pedido que fiz hoje em nome de Pedro Alcântara Rodrigues, Alameda Barão de Limeira, 1.327, apto. 82, São Paulo (…). Na letra inconfundível da psicografia (de Chico Xavier), lá está: ‘Junto dos amigos espirituais que lhe prestam auxílio, buscaremos cooperar espiritualmente em seu favor. Jesus nos abençoe’”.
“O que pensar disso? Nem a pessoa com aquele nome, nem mesmo esse endereço existem. Eu os inventei” (revista “Realidade”, Novembro 1971).
# Instruído por mim, um deputado que havia perdido recentemente seu filho num acidente de moto, ficou conversando na ante-sala de Chico Xavier com uma determinada senhora, como se fosse simplesmente uma amiga. Entraram. O “espírito” do filho falecido, pela “psicografia” de Chico Xavier afirmou que estava lá presente, vendo-os, e pediu para que levassem um recado de consolo para a mãe, e comentou sobre a imprudência juvenil com que acelerou a moto…
Falharam os informadores que Chico tinha na cidade e na ante-sala. É prova de que “Emmánuel” & Cia. são pura falsidade. Acontece que a “amiga” que o “espírito” do morto estaria vendo que estava lá, e para quem um recado deveria levar, era mesmo a mãe!
E não fora o filho quem acelerou, ia de carona!
Conclusão geral

Esse instigante texto é leitura obrigatória para quem quer saber das artimanhas de um grande deturpador do Espiritismo francês, e que se promoveu através de farsas “mediúnicas” que demonstram uma série de irregularidades. Publicamos aqui em memória ao parapsicólogo Padre Oscar Quevedo, que morreu hoje, aos 89 anos.

Para quem é amigo da lógica e do bom senso, lerá este texto até o fim, nem que seja preciso imprimi-lo para lê-lo aos poucos. Mas quem está movido por paixões religiosas e ainda sente fascinação obsessiva por Chico Xavier, vai evitar este texto chorando copiosamente ou mordendo os beiços de raiva.

A farsa de Chico Xavier
Por Padre Quevedo
Francisco Cândido Xavier (1910-2002), mais conhecido como “Chico Xavier”, começou a exercer sistematicamente como “médium” espiritista psicógrafo à idade de 17 anos no Centro Espírita de Pedro Leopoldo, sua cidade natal.
# Durante as últimas sete décadas foi sem dúvidas e cada vez mais uma figura muitíssimo famosa. E a mais considerada pelos milhões de espiritistas do Brasil. E muito estimada inclusive por milhões de outras pessoas não-espiritistas.
# Principal motivo e base de toda a exaltação propagandística: além de inumeráveis bilhetes e breves mensagens, 419 livros psicografados. Nenhum autor brasileiro tem tamanha produção. Entre 8 a 11 livros por ano. A Federação Espírita Brasileira (FEB) e outras entidades espiritistas publicam sistematicamente esses livros traduzidos em oito idiomas, inclusive japonês, árabe… e esperanto, distribuindo-os por mais de 40 países. No Brasil, 25 milhões de exemplares vendidos.
# Acrescenta-se, para a admiração popular, que “Chico” cedeu todos os direitos autorais a diversas entidades espiritistas de atendimento aos pobres.
# A organização de propaganda espiritista apresentou pessoalmente Chico Xavier, com seus livros, por diversas cidades de Estados Unidos, Inglaterra, França, Itália e Portugal. Uma das mais destacadas conseqüências práticas dessas viagens foi a fundação do “Christian Spirit Center”, em Ellon College, Carolina do Norte.
# Em numerosos jornais e revistas foram publicados e repetidos sem cessar grandes elogios à psicografia de Chico Xavier: “Os poetas de que ele é intérprete, apresentam as mesmas características de inspiração e de expressão que os identificavam neste planeta”. “Anos após a sua morte, é dado encontrar-lhe novamente as idéias e o estilo”. “Não atraiçoou poeta algum, pois todos se apresentam realmente como eram em vida”. “Ninguém que haja lido assiduamente os escritores em questão, deixará de reconhecê-los integralmente nas poesias ou livros psicografados”. Apregoam que inclusive o grande crítico literário Agripino Grieco reconheceu nas psicografias de Chico o inconfundível estilo de Umberto de Campos… “Se o homem produziu tudo aquilo por conta própria, então ele pode ocupar quantas cadeiras quiser na Academia”. Etc.
A propaganda espalha pelo Brasil inteiro (e sem tanto êxito em muitas outras partes do mundo), a pergunta: “Como é possível que um ignorante e iletrado seja capaz de escrever tudo isso e em diferentes estilos?”.
A realidade é muito diferente
# Direitos autorais
Não foram empregados só em atendimento aos pobres, senão também e preferentemente para divulgação dessas psicografias e para propaganda do Espiritismo. Concretamente já aludimos ao “Christian Spirit Center”, que pessoalmente Chico ajudou a fundar. Precisamente junto ao centro onde atendia Chico havia uma livraria de Espiritismo. Etc.
(The Christian Spirit Center was an American branch of the Brazilian Spiritualist movement and existed primarily to translate the messages of Brazilian mediums (spoken in Portuguese) into English. Brazilian Spiritualism is derived from the French spiritism of Allan Kardec and gives central importance to reincarnation.
The center affirmed the continuity of life after death (proved by Christ in his resurrection), the law of cause and effect, reincarnation, and the freedom and moral responsibility of people. Last known address: P.O. Box 114, Elon College, NC 27244. Read more: http://www.answers.com/topic/christian-spirit-center#ixzz3J37GUjBN)
# Academia?
Há falsários perfeitíssimos que enganaram aos melhores museus e especialistas. Mas descoberta a falsificação, nenhum falsário foi elevado à cadeira de nenhuma academia: imitação não é originalidade. O pastiche não é a genialidade.
# Iletrado?
“Fez o curso primário e estudou mais um ano com uma professora particular, que testemunha: ‘Distinguia-se por sua inteligência, sua memória prodigiosa e sua aplicação ao estudo. Só queria ler, não participava dos brinquedos nem das rodas dos outros meninos, e quando deles queria participar era tão sem jeito e sem graça, que preferia desistir’” (“O Diário” de Belo Horizonte, 1954, série de artigos).
E outro pesquisador no “Diário de Minas” (10-VIII-1958): “Que Chico Xavier não é um iletrado, como espalharam seus admiradores. Já há cerca de quinze anos acentuei como fez estudos secundários, e ainda muito jovem publicava sonetos seus, com sua assinatura, como um que transcrevi naquele artigo, sonetos melhores do que muitos psicografados que ele atribui à Bilac, por exemplo”.
Em todo caso Chico tinha, de nascença, uma grande queda à literatura, pelo gosto irreprimível de leitura, pela riqueza da sua imaginação e pela facilidade para escrever, tanto que já no quarto ano primário recebe menção honrosa num concurso sobre o Centenário da Independência do Brasil. (Repórter Ramón García y García na revista “Fatos e Fotos”, 1972, página 25).
# Chico disse depois que fora psicografado por um literato do além!
A quem pretende enganar, que não seja já fanático? Se tivesse sido psicografia de algum literato do além, teria ganhado o primeiro prêmio, não só menção honrosa: Os juizes perceberam clarissimamente o estilo de um menino do primário e isso é que quiseram homenagear…
Cada qual naquilo para que tem tendência e para o que treina. Chico tinha tendência literária, Gasparetto para a pintura, Rosemary Brown para música, Frank Cox para pianista, etc., etc. Por que os “espíritos” não escrevem música com Chico nem literatura com Cox…?
# O mesmo estilo de quando vivos?
Na realidade o que aquele grande crítico literário, Agripino Grieco, escreveu é muito diferente: “Os livros póstumos, ou pretensamente póstumos, nada acrescentam à gloria de Umberto de Campos, sendo mesmo bastante inferiores aos escritos em vida. Interessante: De todos os livros que conheço como sendo psicografados, escritos por intermédio de um médium, nenhum se equipara aos produzidos pelo escritor em vida” (“Diário da Noite”, São Paulo, 28-VI-1944).
Outro crítico literário, João Dornas Filho, a respeito, por exemplo, de Olavo Bilac: “Esse homem que em vida nunca assinou um verso imperfeito, depois de morto teria ditado ao Sr. Xavier sonetos interinos abaixo de medíocres, cheios de versos mal medidos, mal rimados e, sobretudo, numa língua que Bilac absolutamente não escrevia!” (“Folha da Manhã”, São Paulo, 19-IV-1945).
O crítico literário Osório Borba, a pedido do “Diário de Minas” (10-VIII-1958), resume assim sua perícia crítica, apoiado também no II Congresso Brasileiro de Escritores (1947): “Levo anos e anos pesquisando. Catei inúmeros defeitos de várias espécies, essenciais ou de forma. A conclusão de minha perícia é totalmente negativa. Aqueles escritos ‘mediúnicos’, por quem quer que conheça alguma coisa de poesia ou literatura, não podem ser tidos como de autoria dos grandes poetas e escritores a quem são atribuídos. Autores de linguagem impecável em vida aparecem ‘assinando’ coisas imperfeitíssimas como linguagem e técnica poética. Os poetas ‘desencarnados’ se repetem e se parodiam, a todo o momento, nos trabalhos que lhes atribuem ‘mediunicamente’. Por exemplo, Antero de Quental plagiando (!) em idéia e até em detalhes, literalmente um soneto de Augusto dos Anjos. Tudo isso está exaustivamente documentado, através de um sem número de citações e confrontos”.
“As pessoas que se impressionam pela ‘semelhança’ dos escritos ‘mediúnicos’ de Chico Xavier com os deixados pelos seus indigitados autores, ou são inteiramente leigas sem maior discernimento em matéria de literatura, ou deixaram-se levar ligeiramente por uma primeira impressão. Se examinarem corretamente a literatura psicográfica verão que tal semelhança é de pastiche, mais precisamente, de caricatura. O pensamento das psicografias (de Chico Xavier) é absolutamente indigno do pensamento dos autores a quem são imputados, e a forma em geral e a técnica poética, ainda piores. E há inúmeros casos de parodia e repetição de temas, frases inteiras, versos, além dos plágios”.
“Por exemplo, Bilac aparece com sonetos verdadeiramente reles, e incorretos, pensamento primário, péssima linguagem, péssima técnica poética, que qualquer ‘Caixa de Malho’ recusaria. De Augusto dos Anjos, os poemas ‘mediúnicos’ repetem assuntos, pensamentos, versos e frases. Etc.”.
Como diz o crítico literário Leo Gilson Ribeiro, “Uma coisa é clara: Quando o ‘espírito’ sobe, sua qualidade desce. É inconcebível que grandes criadores de nossa língua, depois da morte fiquem por aí gargarejando o tatibitate espírita” (revista “Realidade”, Novembro 1971, página 62).
O jornalista João de Scantimburgo objetava a Chico Xavier: “Eu insisto que a escrita automática é o produto do inconsciente do senhor, não de mediunidade. Na França foi publicada uma coleção de livros com o título genérico ‘A maneira de…’ em que algumas pessoas fazem a imitação de vários autores. Se o senhor ler, não distinguirá ainda que tenha profundo conhecimento do estilo do autor imitado. E trata-se de uma imitação consciente. O senhor imita autores dirigidos pelo inconsciente (?). Em nada supera as faculdades naturais” (“Diário de S. Paulo”, 8-Agosto-1971, 3.º caderno, página 7).
Ora, quando se trata de conteúdo… Insiste o jornalista citado: “Além de jornalismo, eu também tenho a carreira de Filosofia. E não foram psicografados conteúdos profundos e complexos como a obra (à maneira de) Platão, a de Aristóteles, a de Santo Agostinho, a de Santo Tomás de Aquino, a de Descartes, a de Kant, e a de outros filósofos e pensadores. Não será porque o senhor, Chico Xavier, não tem esses conhecimentos?”.
Em todas as psicografias de Chico Xavier o fundo é sempre o mesmo por mais diferentes que tenham sido os “espíritos” aos que se atribuem: Uma ‘religiosidade’ moralista, piegas, melíflua, repetitiva, absolutamente infantil… Quase três adjetivos por linha. Os mais usados: cariciosas, dulcíssima, inexcedível, amados…
Deveria bastar ler qualquer livro psicografado por Chico Xavier para compreender que tudo está muito longe de ser o que seus propagandistas proclamam. Tomemos a melhor publicação, a mais elogiada: “O Nosso Lar”. Tudo está plagiado de absurdos e contradições.
Como conclusão deste aspecto, a acertada qualificação divulgada por Dom Benedito Ulhoa, arcebispo de Uberaba, que conhecia muito bem o caso: “Chico Xavier não passa de um hábil pasticheiro”.
É mesmo psicografia?
# Em duas oportunidades, havendo eu instruído a um repórter da TV Gazeta e ao padre Herbert Günter, da TV “Pro Vobis” da Alemanha, comprovamos que Chico Xavier sabia o que acabava de “psicografar”…
# A técnica científica poderia refutar aos líderes do Espiritismo, mas Chico Xavier bem instruído por esses mesmos líderes, não permitia que se tirasse o eletroencefalograma e se fizesse outras análises clínicas quando dizia que estava psicografando, em público. Saberíamos se estava escrevendo inconscientemente, psicografia, ou se estava fingindo por escrever conscientemente.
Reconhecido pelo próprio Chico
Aliás, o próprio Chico Xavier, apesar de pretender disfarçá-lo, na realidade repetidas vezes, estava reconhecendo seu longo treino, por exemplo, quando confessou que “por quatro anos em trabalho muito cansativo e com muito esforço”, “até 1931 recebeu centenas de mensagens”, “mas Chico as destruiu, já que ‘não passavam, segundo ele, de exercícios de psicografia’” (Em entrevista à repórter Teresa Goulart na revista “Manchete”, 5 de Junho de 1982).
O testemunho do sobrinho
Amauri Xavier Pena, filho da irmã mais velha de Chico Xavier, Dona Maria Xavier, foi escolhido pelo tio para ser seu sucessor. Vinha treinando desde os treze anos. Aos 17 anos cedeu às insistências do tio. Treinado com grande constância na “psicografia”, mostrou maior facilidade do que o famoso tio para imitar os autores que lia. E assim publicou mais de cinqüenta livros “psicografados” imitando mais de cinqüenta autores, “cada qual no seu próprio e inconfundível estilo. Recebeu também uma epopéia de Camões em estilo quinhentista”, Cruz e Sousa, Gonçalves Dias, Castro Alves, Augusto dos Anjos, Olavo Bilac, Luís Guimarães Jr., Casemiro Cunha, Inácio Bittencourt, Cícero Pereira, Hermes Fontes, Fabiano de Cristo (?!), Anália Franco…, e até Bocage e Rabindranath Tagore. O boletim espiritista “Síntese”, de Belo Horizonte, fazia a divulgação.
“Um grande médium” era proclamado, mesmo depois da auto-retratação em Julho de 1958 no “Diário de Minas”. E lá mesmo, perante os jornalistas, imitou diversos estilos de autores famosos. “Tudo o que tenho ‘psicografado’ até hoje, apesar das diferenças de estilo, foi criado pela minha própria habilidade, usando apenas conhecimentos literários”, declarou.
E proclamou que seu tio Chico Xavier “não passa de um grande farsante”. E à revista “Manchete”: “Revoltava-me contra as afirmações dos espiritistas (que diziam que era médium). Levado à presença do meu tio, ele me assegurou, depois de ler o que eu escrevera, que um dia eu seria seu sucessor. Passei a viver pressionado pelos adeptos da ‘terceira revelação’”…
Como absurdamente chamam ao Espiritismo, com ele pretendendo suplantar, após as revelações do Pai e do Filho, a Terceira Revelação pelo Divino Espírito Santo o dia de Pentecostes.
“A situação torturava-me, e várias vezes, procurando fugir àquele inferno interior, entreguei-me a perigosas aventuras, diversas vezes saí de casa, fugindo à convivência de espíritas. Cansado, enfim, cedi dando os primeiros passos no caminho da farsa constante. Tinha então 17 anos”.
“Perseguido pelo remorso e atormentado pelo desespero, cometi vários desatinos (…). Vi-me então diante da alternativa: mergulhar de vez na mentira e arruinar-me para sempre diante de mim mesmo, ou levantar-me corajosamente para penitenciar-me diante do mundo, libertando-me definitivamente. Foi o que decidi fazer procurando um jornal mineiro e revelando toda a farsa” (…).
“Meu tio é também um revoltado, não conseguindo mais recuar diante da farsa que há longos anos vem representando”.
“Eu, depois de ter-me submetido a esse papel mistificador, durante anos (…), resolvi, por uma questão de consciência, contar toda a verdade” (Ver também “Estado de Minas”, 20-Janeiro-1971; revista “Realidade”, Novembro 1971, página 65; etc.).
Mais uma máscara
Com a retratação do sobrinho reconhecendo que tudo, dele e do famoso tio, era pura farsa, Chico Xavier, às pressas, simplesmente com a roupa do corpo, abandonando tudo, fugiu secretamente de Pedro Leopoldo.
# Após algum tempo escondido, verificou-se que reaparecera como médium psicógrafo em Uberaba. Até o fim da sua vida. E mais um engano ou disfarce tão grosseiro como atraente: na “Comunhão Espírita Cristã”…
Fingem ignorar que Espiritismo e Cristianismo são absolutamente incompatíveis.
# Mas Amauri Xavier Pena, carregado de remorsos, insistia na retratação. E os “espíritos superiores” decretaram sua morte: num muito conveniente “acidente” de carro…
O testemunho da irmã
Dona Maria Xavier, irmã mais velha e que se fizera de “mãe” de Chico Xavier, declarou inúmeras vezes que tudo isso da pretendida psicografia espírita era devido a incansável treino anos e anos a fio.
E freqüentemente declarou mais: que por tais testemunhos, Chico, quando já “médium” famosíssimo, por duas vezes tentou sugestioná-la para morrer, dizendo que os espíritos superiores haviam anunciado a morte dela para tal data. Errou. Novamente anunciou a morte para uns meses mais tarde. Errou de novo. Dona Maria Xavier não se deixou sugestionar pelo famoso irmão espírita.
Malandragens e mentiras
# Chico Xavier, quando “psicografa”, com os dedos tampa o olho esquerdo.
Para que? Nele é completamente cego.
# E com a palma da mão, folgadamente, encobre o olho direito fechado, de forma que num palpebrar rápido pode ver perfeitamente sem que os presentes percebam essa vulgar manobra…
Que, porém, não engana a nenhum aprendiz de mágico…
# Ou, então, deixa ao descoberto o olho esquerdo fechado, o cego, enquanto que encobre com a palma da mão com bastante folga o olho direito…
# Vendo-o falar sozinho, o pai leva-o à paróquia de Matosinhos, próxima a Pedro Leopoldo, para falar com o padre Sebastião Scarzelli. “Era um senhor muito bondoso, de quem eu recebia muitos conselhos e algumas penitências”.
“Uma das pequenas penitências impostas pelo padre: seguir todas as procissões que houvesse, carregando uma pedra de 15 quilos na cabeça. Uma vez eu tinha de rezar mil Ave-Marias. Ia rezando e contando. Quando chegava mais ou menos a 950, vinha um espírito brincalhão e me fazia errar a conta. Lá ia eu começar tudo de novo”.
“‘Cínico, tem parte com o Diabo, precisa internar’, e lá ia o pai com Chico ao padre, e tome mais Ave-Marias e outras penitências” (Entrevista ao repórter Ramón García y García, em “Fatos e Fotos”, 1977, artigo “As torturas a um menino órfão”, págs. 24 s).
– Alguém pode duvidar que estas afirmações de Chico Xavier sejam mentiras deslavadas? E quem assim mente quantas outras mentiras haverá proferido?
Doente mental
# Por motivos de saúde houve que fazer o eletroencefalograma de Chico Xavier, fora do controle dos espiritistas quando fingia que estava “psicografando”. Resultado esclarecedor: “Foco temporal classicamente responsável por distúrbios sensoriais, alucinações, ouvir vozes (…), arritmia, tendência a ataques epilépticos ou ‘transes’” (Ver, entre outras publicações, revista “Realidade”, Novembro, 1971).
# Depoimento do pai, Sr. João Cândido. Confessou o próprio Chico Xavier com referência à sua “iniciação mediúnica” na infância, de sonâmbulo falante e ambulante: “Meu pai estava querendo internar-me em um sanatório para enfermos mentais (…). Devia ter suas razões: naquela época me visitavam (…) também entidades estranhas perturbadoras” (Em entrevista ao repórter Mauro Santayana, “Folha Ilustrada”, São Paulo, 11-Julho-1982).
# Depoimento da madrinha, Dona Rita: “Dizia que eu era louco”. Surrava-me “por ser doido (…). Dizia a todo mundo que o menino era doido varrido” (Em entrevista ao repórter Ramón García y García, “Fatos e Fotos”, n.º 1072).
# Por afirmação do próprio Chico. Afirmou inúmeras vezes que estava sempre sendo assistido e inspirado por “Emmánuel”. Continuamente, ininterruptamente, dia e noite…, que o via, ouvia e sentia como a qualquer pessoa viva ou a qualquer coisa ao redor. Especialmente por “Emmánuel”, como chefe, mas também mais de 500 outros “espíritos” subordinados.
Sendo isto não só sem prova nenhuma senão também clarissimamente falso, como veremos, de duas uma: ou Chico Xavier não acreditava no que afirmava e seria um contínuo mentiroso e contínuo farsante, ou acreditava nessa afirmação e então estava completamente fora da realidade, o que significaria que era absoluta e continuamente louco em alto grau.
Surtos ou confirmações da loucura?
Se todo o proceder e afirmações de Chico Xavier foi totalmente farsa, os episódios a que agora vou me referir classificar-se-iam propriamente como surtos, ataques de loucura mais ou menos freqüentes. Se, porem, não fosse farsa, os casos que vamos citar seriam só confirmações, manifestações mais notáveis da sua plena e habitual grande loucura.
# Por exemplo, quando era escriturário no Ministério de Agricultura em Pedro Leopoldo: “Eu estava trabalhando, quando vi entrarem dois espíritos perturbados, que vinham já há vários dias fazendo ameaças. Um deles estava armado de revólver e, depois de me dirigir vários desaforos, disse que ia me matar. Dito e feito: apertou o gatilho e a bala atingiu meu ombro, mas só de raspão, porque eu ainda tive tempo de desviar o corpo (…). Tanto o tiro foi real, que eu fiquei oito dias com o ombro dolorido” (Em entrevista à revista “Realidade”, Novembro, 1971).
# “Este coelho não é muito honesto. Outro dia, dois gatos meus vieram denunciá-lo (…). O coelho, disseram, lhes estava comendo a razão de carne. Os coelhos deveriam ser herbívoros, mas este, acanalhado, virou carnívoro” (Ibidem).
# “Freqüentemente, quando viaja de carro, se nota uma folha ao vento ou alguma coisa semelhante, ‘mando parar. Temo que os cavalos do motor se assustem’ me diz Chico Xavier” (Ibidem).
# Etc., etc.
E as incongruências
Apresento algumas, entre milhares. Se Chico Xavier não era louco, a farsa seria gravíssima demais… Se Chico Xavier era um grande doente mental, não estranhariam as contínuas e enormes incongruências e que ele as atribuísse a “espíritos” superiores.
A propaganda que dele fazem os líderes do espiritismo é que deveria estranhar se não fosse conhecido o fanatismo e mesmo tortuosa intenção…
# No “Parnaso de Além Túmulo” Chico Xavier apresenta um soneto, no “estilo dos sonetos do exílio” como se fosse uma psicografia ditada pelo “espírito” de Dom Pedro II.
Ora, o “espírito” de Dom Pedro II não sabia nem ninguém lhe comunicou no além, nem a ele nem a Chico, que os “sonetos do exílio” não eram de Dom Pedro senão de um nobre que o acompanhava? (Com toda razão Gustavo Barroso ridicularizava então a Chico Xavier num artigo em “O Cruzeiro”).
# “E no caso de Humberto de Campos é mais grave”…
“Porque ele capricha em obedecer ao Decreto do Governo Federal que instituiu a ortografia fonética, decreto baixado depois de seu trespasse” (Timponi, Miguel: “A Psicografia ante os Tribunais”, 4.ª edição, página 333).
# Chico Xavier fundou em Pedro Leopoldo o Centro Espírita São Luís Gonzaga, Rei da França.
Isto é, os “espíritos superiores” que pretendidamente assessoram a Chico seriam tão ignorantes, que não sabem que São Luís Gonzaga, jesuíta, italiano, morto muito jovem no século XVI é completamente diferente de São Luís, Rei da França, das Cruzadas, morto velho no século XIII.
# A “psicografia” mais reeditada e mais vendida, mais traduzida a outras línguas, mais difundida em Teatro e Televisão… é a novela “Nosso Lar”.
Não sabemos que admirar mais, se a tão delirante como brilhante imaginação de Chico Xavier ou o “fanatismo” dos seus propagandistas:
Conta a história no além do “espírito” do famoso médico Dr. Osvaldo Cruz, que no além e nas numerosíssimas mensagens transmitidas a Chico e nos numerosos lares e centros de espiritismo que patrocina, recebe o nome de André Luís. Este espírito “desencarnado”, ficou oito anos andando, andando (com que pernas?) sem saber por onde nem para onde. “Persistiam em mim as necessidades fisiológicas sem modificação” (um desencarnado precisando esconder-se detrás de arbustos para fazer xixi e cocô!). “Castigava-me a fome de todas as fibras” (?), “De quando em quando deparavam-se-me verduras (no além!), que me pareciam agrestes, em torno de humildes filetes d’água a que me atirava sequioso. Devorava (com que dentes?) as folhas desconhecidas, colocava os lábios (?) à nascente turva”, “Suguei lama da estrada”. “Não raro era imprescindível ocultar-me das enormes manadas de seres animalescos, que passavam em bandos quais feras insaciáveis”.
Por fim chegou “à frente de grande porta encravada em altos muros, cobertos de trepadeiras floridas e graciosas”. É o “Nosso Lar”, uma colônia espiritual do além consagrada ao Cristo, fundada por “espíritos” portugueses “desencarnados” no Brasil no século XVI. Tem um milhão de “almirantes”. Está num lugar do espaço mais perto do Sol do que da Terra (que cegos nossos astrônomos e astronautas que não encontraram no nosso sistema solar água, nem plantas, nem feras, nem habitantes, nem construções… nem esse “planeta”). Ocorria um movimento de greve para melhorar a comida, mas a ordem foi logo restabelecida com censura à imprensa, prisões em massa. André Luiz descreve “vampiros, rostos encabeirados, mãos esqueléticas, fácies monstruosas” com vômitos negros (apesar de desencarnados!?). Quem na Terra usou os olhos para o mal, em “Nosso Lar” (como espírito desencarnado!) comparece com as órbitas vazias. Quem usou as pernas para o mal, (desencarnado!) fica paralítico e mesmo sem pernas. Mas de um a outro lado da colônia, há um serviço regular de aerobus.
Naqueles dias o governador do “Nosso Lar” comemorava seu 114.º aniversário de governança (lá também há ditadura!), assistido por doze Ministérios, cada ministério orientado por 12 ministros (lá também há cabides de empregos).
Através das brechas nos muros da cidade, por desleixo do Ministério e dos serviços de Regeneração, havia intercâmbio clandestino (como o contrabando daqui!), pelo que o Governador “mandou ligar as baterias elétricas das muralhas da cidade, para emissão de dardos magnéticos”.
# Toda a sua vida Chico Xavier proclamou que seu principal “espírito guia” era “Emmánuel” (assim, com acento tônico na letra a, proparoxítona), afirmando que fora “senador romano dos tempos de Cristo”.
Chico ouviu que o latim não tem oxítonas, e transformou a palavra em proparoxítona. É que nenhum “espírito” do além saberia que a palavra “Emmánuel” não existe, é Emmanuel (oxítona), como Manuel, Gabriel, Rafael, Miguel.
E nenhum “espírito” de morto saberia que Emmanuel não é uma palavra latina, senão hebraica, que significa “Deus conosco”, termo profético aplicado na Bíblia a Jesus Cristo.
# Quando ridicularizei a afirmação de Chico, pois nos tempos de Cristo nenhum senador romano poderia chamar-se “Emmánuel”, nome cristão, e então o Cristianismo ainda não chegara a Roma, Chico Xavier inventou que “Emmánuel” era o pseudônimo de Públio Léntulo.
Corresponderia o ônus da prova a Chico Xavier…, ou a “Emmánuel”.
Houve um senador romano chamado Publius Cornelius Lentulus, padrasto do Imperador Marco Antônio, e foi destituído do Senado por corrupção e por corrupção executado a pedido do célebre orador Cícero. Mas nenhum “espírito” de morto sabia que essa execução foi no ano 63 antes do nascimento de Cristo… Portanto, bem longe de ser contemporâneo de Jesus.
# Quando perguntei, publicitariamente, contra a absurda afirmação dos espiritistas kardecistas, se “Emmánuel” esquecera de reencarnar, Chico Xavier inventou que “Emmánuel” tivera outras duas reencarnações posteriores, o padre Manuel da Nóbrega, jesuíta, e o padre Damián, espanhol.
O ônus da prova?
Agradeço a homenagem: sou jesuíta e espanhol.
# Acontece que Chico Xavier disse que o padre Manuel da Nóbrega teria sido a última reencarnação de “Emmánuel” segundo revelação dele próprio (Citemos, entre tantas fontes, por exemplo, “O Popular”, de Goiânia, 19-Novembro-1975, 2.º Caderno, página 15).
Quando mente Chico Xavier? Quando diz que a última reencarnação de “Emmánuel” foi no padre Nóbrega, ou quando diz que no padre Damián? (Claro, as duas são mentiras).
# Mas mesmo com as tais supostas duas reencarnações não se resolve o problema. O padre Manuel da Nóbrega morreu em 1570. Segundo Chico teria reencarnado 50 anos depois (portanto 1620) no padre Damián, espanhol que haveria evangelizado na França.
Ora, e depois voltou a esquecer de reencarnar?
# Acontece também que todos os senadores romanos (“Emmánuel”), e todos os jesuítas até há poucos anos (padre Manuel da Nóbrega), e todos os padres antigos (como seria o não identificado padre Damián) falamos latim. Desafiei em nome da Parapsicologia Internacional: 10.000 dólares a Chico e mais outros tantos a cada um dos que coubessem na sala, se Chico conseguisse falar ao menos um minuto comigo em latim. E nas mesmas condições outros 10.000 se falasse em espanhol (padre Damián). E nas mesmas condições outros 10.000 se falasse em francês (padre Damián, de novo).
# Etc., etc., etc. Acrescentarei mais alguns disparates somente a respeito da reencarnação, absurdo de que espiritistas kardecistas são ferrenhos propagadores…
E se dizem cristãos, sendo que é impossível conciliar reencarnação com ressurreição, esta que é baluarte principal da fé cristã. O próprio Cristo, e Nossa Senhora já não mais existiriam, pois haveriam reencarnado já várias vezes!
# Inúmeras vezes Chico cai em contradição com respeito à reencarnação. Por exemplo, na “Mensagem aos meus pais” do “espírito” de Syumara de Oliveira “psicografada” por Chico: “Conservem a certeza de que surgirá o dia em que nos reencontraremos para a felicidade sem ponto final” (Reunião Pública no Grupo Espírita da Prece, Uberaba, 7-Junho-1980).
O que é proclamar a ressurreição e felicidade eterna.
# Igualmente na tão paparicada “psicografia” em que teria escrito em espelho e em inglês,
Não fosse evidente que foi desenhada muito pacientemente uma frase aprendida de cor; truque tão infantil; perante que testemunhas “psicografou” tal frase?…
Mas o que agora frisamos: o conteúdo da frase é contra a interpretação reencarnacionista da dor, contra a doutrina espiritista em geral, e no sentido cristão de colaborar com Cristo na Redenção do mundo: (Tradução) “Meus caros amigos espiritualistas, o conhecimento dos homens é nulo em face da morte (o conhecimento dos espiritistas, pois a eles seria dirigida a mensagem de “Emmánuel”); suportai a vossa Cruz com paciência e coragem. A dor e a fé são os maiores tesouros terrenos e o trabalho é o ouro da vida”.
# Se a dor e as doenças fossem em castigo de “reencarnações” anteriores como absurdamente diz o próprio Chico e os espiritistas kardecistas em geral, Chico Xavier seria, em vez de um espírito muito desenvolvido, como pretendem, pois desde criançinha teria péssimo “karma”, perdendo a mãe aos cinco anos, foi maltratado por cruel madrinha, sempre teve péssima saúde, sexualmente invertido, tendência à epilepsia e alucinações, sofreu dois infartos, teve labirintite muito violenta, a próstata temia-se que o levasse à morte prematura, ficou cego do olho esquerdo, etc., etc.: Uma coletânea do pior “karma” (!?).
# Em resposta ao repórter Almir Guimarães, Chico afirma que o Beato padre José de Anchieta está “no plano espiritual” (“Pinga Fogo” da TV Tupi e “Especial Encarte” do “Diário de S. Paulo”, Dezembro 1971, página 12).
É claro, não há reencarnação, está ressuscitado com corpo espiritualizado no Céu por toda a eternidade.
Mas com referência a essa absurda doutrina dos espiritistas kardecistas, também o padre Anchieta esqueceu de reencarnar?
E também agradeço a nova homenagem: O padre Anchieta também era espanhol e jesuíta…
# Quando Chico praticava “exercício ilegal da medicina” (artigo 284 do Código Penal), as receitas seriam por “psicografia” do “espírito” de Bezerra de Menezes.
Mais um que haveria esquecido de reencarnar…
# Etc., etc.
Vaidade doentia
Muitos ficam surpresos pelo fato concreto de o “humildíssimo” Chico usar peruca até terminar o implante de cabelos, e antes sempre boina.
É típica a vaidade exacerbada como mecanismo doentio para compensar defeitos que poderiam levar ao complexo de inferioridade. Em Chico Xavier, homossexualidade, toda a vida doente, surtos ou contínua psicose… Não insistirei nisto, só o mínimo para desmascarar em Chico o contínuo fingimento de humildade. Bastem as palavras do grande psiquiatra Professor Dr. Silva Mello: “Dentro do espiritismo, do mediunismo, da psicografia há muito desejo oculto, muita necessidade de ser diferente e maior e melhor do que os outros, muita vaidade, muito amor próprio (…) bem disfarçado (…). E talvez em nenhum território humano apareça isso de maneira tão evidente como justamente no campo do espiritismo” (“Mistérios e Realidades deste e do Outro Mundo”, página 277).
Nem adivinho, nem inspirado
Nada teria de mais que Chico Xavier tivesse alguma adivinhação, do pensamento ou realidade, em relação com alguma pessoa viva, no presente ou num passado ou futuro não muito distantes. Como tantas outras pessoas têm, ou mesmo todas alguma vez. Mas Chico Xavier não tinha um mínimo que fosse de controle da adivinhação, nem estava contra o que afirmava, inspirado continuamente, ininterruptamente, dia e noite, especialmente por “Emmánuel” e mais outros 500 guias.
Além de ganhar os 60 mil dólares com que durante 40 anos eu lhe vim desafiando em nome da Parapsicologia Internacional,
# Não teria sido enganado por Otília Diogo nas fraudulentas materializações na própria casa de Chico Xavier, em Uberaba, farsa grosseira e contínua na que tão entusiasticamente colaborou, até ser tudo desmascarado pela equipe de repórteres (revista “O Cruzeiro”, ampla série de reportagens nos primeiros meses de 1964; e outras muitas reportagens posteriores, por exemplo, 27-10-1970; e em outras revistas inclusive do estrangeiro, por exemplo, na revista “Creencias Populares”, da Argentina, Março de 1975; e em jornais, por exemplo, série de quatro artigos em “A Gazeta” de Curitiba; etc.).
# não teria confiado tão entusiasticamente, ao ponto de designá-lo para seu sucessor, em Amauri Xavier Pena, o sobrinho que o desmascarou.
# não teria confiado nem deixado que seu “filho” adotivo, o dentista Eurípides Higino dos Reis, e a ex-mulher deste, Cristine Gertrude Shulz, desviassem dinheiro em grande quantidade durante anos, como denunciou o promotor de Investigações Criminais Dr. José Carlos Fernandes (“Veja” 14-fevereiro-2001; “Contigo”, 20-Fevereiro-2001; “O Estado de São Paulo”, 31-Março-2001; “Jornal do Brasil”, 21-Setembro-2001; etc., etc.).
# entre outros muitos exemplos, não haveria obtido tão facilmente êxito o repórter Hamilton Ribeiro. A seu pedido, Chico Xavier “psicografou” uma mensagem do “espírito” da mãe do Sr. João Guignone, Presidente da Federação Espírita do Paraná.
Acontece que foi artimanha do repórter, a senhora “comunicante” está viva em Curitiba.
# Continua o repórter Hamilton Ribeiro: “Agora vou ler a receita psicografada do pedido que fiz hoje em nome de Pedro Alcântara Rodrigues, Alameda Barão de Limeira, 1.327, apto. 82, São Paulo (…). Na letra inconfundível da psicografia (de Chico Xavier), lá está: ‘Junto dos amigos espirituais que lhe prestam auxílio, buscaremos cooperar espiritualmente em seu favor. Jesus nos abençoe’”.
“O que pensar disso? Nem a pessoa com aquele nome, nem mesmo esse endereço existem. Eu os inventei” (revista “Realidade”, Novembro 1971).
# Instruído por mim, um deputado que havia perdido recentemente seu filho num acidente de moto, ficou conversando na ante-sala de Chico Xavier com uma determinada senhora, como se fosse simplesmente uma amiga. Entraram. O “espírito” do filho falecido, pela “psicografia” de Chico Xavier afirmou que estava lá presente, vendo-os, e pediu para que levassem um recado de consolo para a mãe, e comentou sobre a imprudência juvenil com que acelerou a moto…
Falharam os informadores que Chico tinha na cidade e na ante-sala. É prova de que “Emmánuel” & Cia. são pura falsidade. Acontece que a “amiga” que o “espírito” do morto estaria vendo que estava lá, e para quem um recado deveria levar, era mesmo a mãe!
E não fora o filho quem acelerou, ia de carona!
Conclusão geral

Servimo-nos da recomendação aos espiritistas proferida pelo crítico literário João Dornas Filho que, como vimos, tanto invocavam deturpando-o: “Não devem lançar mão de fenômenos que não têm a transcendência que supõem, dados os veementes indícios de que interessam mais à psiquiatria (…). O fanatismo é o aniquilamento de todas as construções realistas (…). A psicografia (…), já está tomando ares dogmáticos que a boa razão absolutamente não aceita” (“Folha da Manhã”, São Paulo, 19-Abril-1945).

 
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Publicado por em 06/06/2021 em Brasil

 
 
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